VIAGEM
À LUA (1902)
2)
Foi baseado em dois romances populares de seu tempo: Da Terra à
Lua, de Julio Verne, e Os
Primeiros Homens na Lua, de H. G. Wells.
5)
Foi extremamente popular em sua época e o mais
conhecido das centenas de produções de Méliès.
6)
Foi, provavelmente, o primeiro filme de ficção científica e o primeiro a tratar de seres alienígenas.
7)
O filme usou recursos inovadores de animação e efeitos especiais, incluindo a
famosa cena da nave pousando no olho da "Homem da lua".
9)
O ultimo episodio da minissérie produzida por Tom Hanks, Ron Howard, Brian Grazer e Michael Bostick, From the Earth to the Moon mostra cenas desse filme e de como possivelmente
foi sua produção.
11)
Foi escolhido um dos cem melhores filmes do século XX no ranking
da The
Village Voice, ocupando a posição de
número 84.
12)
É o filme mais velho presente na lista do livro "1001
filmes para ver antes de morrer", de Steven Jay Schneider.
14)
No Internet Archive esta
disponibilizada uma cópia para download sob a licença "Creative Commons license: Public Domain".
15)
Alguns historiadores sugerem que, embora Le Voyage dans la lune tenha
usado muitas técnicas inovadoras para sua época, ele ainda apresenta um
entendimento primitiva da técnica de narrativa do cinema.
16)
Apesar de uma edição puramente funcional, eles tiveram uma
escolha então incomum: quando os astrônomos pisam a
superfície da Lua, o "mesmo evento é mostrado duas vezes, e de forma diferente".
Da primeira vez é mostrado um choque da cápsula com o olho do "Homem da
Lua"; da segunda vez eles pousam em um terreno plano.
17)
O conceito de mostrar uma cena duas vezes de diferentes modos
foi experimentado posteriormente em filmes como Life
of an American Fireman, de Edwin S. Porter, lançado
aproximadamente um ano depois de Le
Voyage dans la lune.
18)
Alguns reivindicam que Le Voyage dans la lune seria o primeiro exemplo de
filme patafísico (ciência das soluções
imaginárias e das leis que regulam as exceções), embora afirmando que o filme visa "mostrar a falta de lógica do raciocínio lógico".
19)
Outros ainda comentaram que o director, George Méliès, quis
"inverter os valores hierárquicos da sociedade moderna francesa e
mantê-los ao ridículo num motim carnivalesco".
20)
Este é considerado um elemento inerente do enredo: a
história propriamente dita faz graça dos cientistas e da ciência em geral, em
que a partir de sua viagem para a Lua, estes astrônomos descobrem que a face da
Lua é, de fato, a face de um homem, e que ela é povoada por pequenos homens
verdes.
21)
George Méliès tinha a intenção de lançar seu filme nos
Estados Unidos com a idéia de lucrar com isso.
22)
Entretanto, técnicos dos filmes de Thomas Edison secretamente
fizeram cópias e o distribuiram por todo o país. Enquanto o filme era muito bem
sucedido, Méliès finalmente foi à falência.
23) Em 2002, uma cópia do filme foi descoberta em um celeiro na França. Foi incrível, pois não só é o corte mais completo do filme, mas foi inteiramente colorido à mão. O filme foi restaurado e estreado no Pordenone Silent Film Festival no ano seguinte.
24) Edison fez uma fortuna com o filme.
25) Um dos primeiros filmes de ficção científica conhecidos. Um segmento perto
do final foi animado, tornando este um dos primeiros filmes de animação,
também.
26) Demorou 3 meses para fazer o filme inteiro.
27)Embora nenhum crédito oficial esteja incluído, Georges Méliès deixou um recorde em uma carta de 1930 com créditos de elenco e equipe.
28) Parte do filme A Invenção de Hugo Cabret (2011) é uma história em grande parte ficcional da realização deste curta-metragem.
29) As meninas de balé do Théâtre du Châtelet retrataram as estrelas e os assistentes de foguetes enquanto os Selenitas eram retratados por acrobatas da Folies Bergère.
30) Quatro anos antes, em 1898, em O Sonho do Astrônomo (1898) Georges Méliès retrata um astrônomo medieval observando a lua através de um telescópio.
31)Na versão em cores com música de Air, o discurso estranho ouvido quando o professor está falando é uma gravação de Cosmologia de Peter Cole rodado ao contrário.
32) Este filme teve um dos maiores orçamentos para um pequeno filme de sua época.
33)
Estimativas orçamentárias variam de 10.000 a 30.000 francos.
34)
A novela de Jules Verne, "From the Earth to the
Moon", serviu como material de origem para a trama do filme em um sentido
muito solto.
35) O diretor Georges Méliès trabalhou extensivamente com a ex-artista Folies Bergère, Jeanne d'Alcy, durante a produção deste filme. Ela atuou como figurinista do filme e atuou em um pequeno papel. Os dois acabariam por vinte e três anos depois.
36) Composto por cerca de 30 cenas (ou "skits" individuais) sem qualquer diálogo e ou closeups. Melies os listou quase como os capítulos modernos de DVD em seu catálogo Star Films.
37) Os clipes do filme são apresentados no vídeo da música "Heaven for Everyone" da Rainha.
38) As ferramentas digitais disponíveis no século 21 permitem o salvar os fragmentos dos 13375 quadros do filme e os restaura, um por um.
39) O filme continua sendo o mais conhecido dos 520 filmes feitos por Méliès, e o momento em que a cápsula pousa no olho da Lua continua sendo uma das imagens mais emblemáticas e freqüentemente referenciadas na história do cinema.
40) É apenas em 2010 que uma restauração completa poderia ser lançada, 109 anos após a sua criação.
41) Quando uma viagem à lua foi feita, os atores do cinema tocaram anonimamente e não foram concedidos créditos.
42) A prática de fornecimento de créditos de abertura e
encerramento em filmes foi uma inovação posterior. No entanto, os seguintes
detalhes do elenco podem ser reconstruídos a partir de evidências disponíveis.
43) Georges Méliès faz o personagem professor Barbenfouillis.
44) Georges Méliès pioneiro cineasta francês e mágico
agora considerado como a primeira pessoa a reconhecer o potencial do filme
narrativo, já alcançou um sucesso considerável com suas versões
cinematográficas de Cinderela (1899) e Joana of Arc (1900).
45) O seu extenso envolvimento em todos os seus filmes
como diretor, produtor, escritor, designer, técnico, publicista, editor e,
muitas vezes, ator o torna um dos primeiros autores cinematográficos.
46) Na sequência de seu trabalho no final da vida, Méliès
comentou: A maior dificuldade Ao perceber minhas próprias idéias, forcei-me a
desempenhar às vezes o papel principal em meus filmes.
47) Eu era uma estrela sem saber que eu era um, já que o
termo ainda não existia.
48) Georges Méliès desempenhou um papel de ator em pelo
menos 300 de seus 520 filmes.
49) Bleuette Bernon como Phoebe (a mulher na lua crescente).
Georges Méliès descobriu Bernon na década de 1890, quando estava atuando como
cantora no cabaré L'Enfer.
50) Ela também apareceu em sua adaptação de 1899 de
Cinderela. François Lallement como o oficial dos fuzileiros navais.
51)
François Lallement era
um dos operadores de câmeras assalariados da Star Film Company. Henri Delannoy
como o capitão do foguete.
52) Jules-Eugène Legris como o líder do desfile. Legris foi um mágico que atuou no teatro de ilusões do palco de Méliès, o teatro Robert-Houdin em Paris.
52) Jules-Eugène Legris como o líder do desfile. Legris foi um mágico que atuou no teatro de ilusões do palco de Méliès, o teatro Robert-Houdin em Paris.
53) Victor André, Delpierre, Farjaux, Kelm e Brunnet faem os personagem dos astrônomos. André trabalhou no Théâtre de Cluny; Os outros eram cantores nas salas de música francesas.
54) O pessoal do Balé do Théâtre du Châtelet faz como
estrelas e como atendentes de canhões.
55) O presidente derruba seu próprio chapéu quando ele
caminha atrás da mesa.
56) O tamanho da cápsula espacial é inconsistente em todo
o recurso. É, aparentemente, grande o suficiente para levar várias pessoas, no
entanto, quando um Selenite é visto na parte de trás da cápsula após o seu
retorno à Terra, ele é quase tão grande quanto toda a cápsula.
57) Um relógio de pêndulo é visível dentro da espaçonave
enquanto a cápsula está sendo preparada para a decolagem.
58) Um pêndulo e o relógio que funciona dependem da
gravitação para um tempo preciso, por isso será inútil durante o voo.
59) Os efeitos da gravitação eram bem conhecidos na
época.
60) Relógios de bolso então prontamente disponíveis eram
confiáveis o suficiente.
61) Quando o guarda-chuva está crescendo no jardim dos
cogumelos, você pode ver a borda do primeiro Selenite, fora da câmera à
direita, esperando que sua sugestão entre na cena. Pode não ser visível em
todas as versões do filme.
62) Ficha técnica: país:França:
duração original:14 min; estúdio:
Star-Film; distribuidora: Star-Film.
63)
O diretor Georges Méliès e o filme foram homenageados pelo diretor Martin Scorsese em A Invenção de Hugo Cabret (2011).
64)
Uma das dimensões mais inquietantes do cinema é, sem dúvida, o ilusionismo: não
tanto a sua suposta capacidade de enganar os sentidos, que de fato é menor do
que se costuma supor, mas aquela potência de ilusão que acolhe um fascínio
mágico no cerne do dispositivo e de seu funcionamento maquinal.
65)
O filme foi sucesso de público em sua época e
foi, provavelmente, além de ser o primeiro filme de ficção científica, o
pioneiro sobre seres alienígenas. Uma de suas famosas cenas é a imagem de um
foguete no olho do rosto na Lua.
66)
Lançado na França em 1º de setembro em 1902.
67)
Georges Méliès queria ter sido pintor, mas o pai
não apoiou a ideia.
68) Antes de se tornar o grande cineasta que foi, trabalhou
na fábrica da família e construiu carreira nos palcos, como mágico
ilusionista.
69) Georges Méliès esteve presente no Salon Indien du Grand
Café, em 28 de dezembro de 1895, quando os Irmãos Lumière exibiram seus
primeiros curtas.
70) Ofereceu dez mil francos aos Lumière pelas câmeras do
cinematógrafo, oferta de pronto recusada pela dupla (que já havia recusado
ofertas bem maiores do Museu de Cera de Paris – Musée Grévin – e até do Folies
Bergère).
71) Não podendo ter o cinematógrafo, Méliès foi a
Londres e comprou um Teatógrafo (ou Animatógrafo) de Robert William Paul,
eletricista e fabricante britânico de aparelhos ópticos, que também se tornou
cineasta; máquina semelhante ao da famosa dupla francesa.
72) E com este aparelho, o mágico, o inventor e o
frustrado pintor em Méliès ganhou asas e criou alguns dos mais divertidos,
aterrorizantes e fantásticos sonhos que o Primeiro Cinema conheceu.
73) As atividades de Méliès como diretor começaram em 1896,
ano em que dirigiu nada menos que 81 curtas-metragens, dentre obras de ficção e
pequenos documentários, panorâmicas simples e cenas do cotidiano.
74) A partir desse momento, ele tentou aplicar suas técnicas
de mágica, ilusionismo e tendências teatrais ao espetáculo cinematográfico, uma
arte ainda sem identidade e em fervorosa construção.
75) Ele aprendeu a fazer truncagens, stop motions e aplicar
efeitos especiais, tornando-se um pioneiro do cinema em vários aspectos e
legando para os cinéfilos de séculos depois a sua imaginativa forma de ver o
mundo.
76) Viagem à Lua (1902)
é o mais importante dos filmes de Méliès, embora não seja, necessariamente, o
seu melhor filme.
77) A trama se inicia em Paris, no Clube de Astronomia, onde
o professor Barbenfouillis propõe ao renomado grupo que invistam em uma viagem
à Lua, algo que não agrada a maioria e gera, claro, uma confusão com
direito a coisas sendo jogadas no pobre professor (interpretado pelo próprio
Georges Méliès).
78) Apenas cinco astrônomos –- Nostradamus, Alcofrisbas,
Omega, Micromegas e Parafaragaramus -– concordam em realizar a ousada
viagem.
79) Então a mágica e as estranhezas típicas do Primeiro
Cinema e deste tipo de filme começam a acontecer.
80) A mistura de cenários reais, cenários pintados e
objetos construídos no estúdio de Méliès –- com muitos protótipos para os
atores esculpidos em terracota e elementos do cenário que misturavam vários
tipos e tratamentos de papel, madeira e chapas leves de metal.
81) O curta é claramente resultado de um grande esforço para
parecer supra-realista dentro do seu gênero com licenças científicas como o
fato de os astrônomos não utilizarem nenhum traje espacial na Lua e ao mesmo
tempo não se importa em exagerar nas interpretações ou na sequência de
acontecimentos, caraterísticas comuns do cinema daquele momento.
82) Com ampla exploração das técnicas que tinha desenvolvido
até o momento e observação atenta para realizações cinematográficas dos Estados
Unidos a que tinha cesso, Georges Méliès conseguiu um resultado deliciosamente
satírico de temas científicos.
83) Guardados os avanços tecnológicos e o
estabelecimento de uma linguagem cinematográfica, são utilizados até hoje.
84) Além disso, o longa tem uma daqueles cenas
absolutamente inesquecíveis da Sétima Arte, a chegada da cápsula dos astrônomos
à Lua.
85) O satélite é mostrado com face antropomorfizada e dá
língua para a tela quando é atingido, sem necessariamente demonstrar dor.
86) A aproximação por cortes bruscos e a súbita chegada da
cápsula são parte de um trabalho que diverte, encanta e segue misturando grande
número de espaços e personagens curiosos, como os cogumelos lunares, os
Selenitas (habitantes da Lua, assim denominados em homenagem à deusa grega da
Lua, Selene) e o fundo do mar, onde a cápsula cai após a fuga dos astrônomos do
palácio dos Selenitas — indicação de Méliès contra a colonização?
87) Em 1993 foi encontrado, na Espanha, uma cópia do filme
colorizada a mão.
88) Acredita-se que o trabalho tenha sido feito apenas
em 1906.
89) De 1999 a 2011 foi realizado um longo e penoso processo
de restauração, que terminou com a exibição do filme restaurado no Festival de
Cannes, em 2011, e com o seu lançamento em Blu-Ray, no ano seguinte
90) Mais um novo capítulo – e não necessariamente o último –
é escrito na história de um dos primeiros filmes de ficção científica do
cinema. Viagem à Lua é
uma daquelas grandes obras que atravessam gerações, avanços e modelos
de sociedade mas permanecem vivas e seguem causando grande admiração em quem as
vê.
91) Viagem a
Lua (ou Le Voyage Dans
La Lune), foi o primeiro filme em cores da história!
92) Na época o homem não tinha chegado a lua ainda, o que
ocorreu apenas 67 anos depois, isso justifica a viagem dos cientistas ser tão
fantasiosa.
93) O que torna esse filme ainda mais épico é que na
época não era possível filmar em cores, todas as cores foram feitas manualmente
após as gravações, pintando quadro por quadro, em um frame a no minimo 24
imagens e o filme tem mais ou menos 14 minutos isso da mais ou menos 20 mil
imagens que foram pintadas a mão, uma por uma, um trabalho imenso e que vale
todo o reconhecimento.
94) Em
1902, “Da Terra à Lua” e “Os primeiros Homens da Lua” foram adaptados para o
cinema por Georges Méliès, um cineasta francês, conhecido por realizar diversas
experimentações nos filmes, sobretudo nas imagens. A obra baseada nos referidos
livros recebeu o título de “Viagem à Lua” (Le Voyage dans la Lune), tendo apenas cerca de quinze
minutos de duração. A narrativa fílmica é considerada uma das mais relevantes
da história do cinema, sendo referenciada em diversas produções audiovisuais,
como videoclipes e filmes, ao longo do tempo.
95)
Méliès, além de ser considerado o "pai
dos efeitos especiais", fez mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa.
96) Também foi o primeiro cineasta a usar desenhos
de produção e storyboards para
projetar suas cenas.
97) Uma de suas produções mais conhecidas foi Le voyage
dans la lune (Viagem à lua)
de 1902, em que usou técnicas de
dupla exposição do filme para obter efeitos especiais inovadores para a época.
98) Georges Méliès foi o primeiro artista a pintar suas
obras, para que os filmes preto e branco virassem coloridos. Um exemplo disso é
o filme Viagem a Lua.
99) Criando filmes fantasiosos que divertiam crianças e
adultos, Georges Méliès foi considerado o melhor cineasta do mundo. Chaplin o chamou de
"o alquimista da luz". D. W. Griffith, que viria a ser
um dos grandes diretores da história do cinema, disse "a ele tudo
devo".
100)
Marie-Georges-Jean-Méliès (8 de dezembro de 1861 — 21 de janeiro de 1938) foi um ilusionista francês de sucesso e um
dos precursores do cinema, que
usava inventivos efeitos fotográficos para criar mundos fantásticos.
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