OPERA
1)
Ópera é um
gênero artístico teatral que
consiste em um drama encenado
acompanhada de música, ou seja,
composição dramática em que se combinam música instrumental e canto, com
presença ou não de diálogo falado.
Os cantores são acompanhados por um grupo
musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra
sinfônica completa.
3)
O desenvolvimento das estruturas musicais anteriormente pelos
mestres flamengos e venezianos serviu de suporte para que, no Barroco, surgisse
uma nova forma musical, a ópera.
4)
O drama é apresentado utilizando os elementos típicos
do teatro, tais como
cenografia, vestuários e atuação.
No entanto, a letra da ópera (conhecida como
libreto) é normalmente cantada em lugar de ser falada. A ópera é também o
casamento perfeito entre a música e o teatro.
Os cantores em: baixo, baixo-barítono (ou baixo-cantor), barítono, tenor e contratenor;
As cantoras em: contralto, mezzo-soprano e soprano.
6)
Cada classificações tem subdivisões, como por exemplo: um
barítono pode ser um barítono lírico, um barítono de caráter ou um barítono
bufo, os quais associam a voz do cantor com os personagens mais apropriados
para a qualidade e o timbre de sua voz.
7)
Uma ópera segue, basicamente, um roteiro padrão. Primeira
parte, a Abertura, onde é tocada uma música pela orquestra. Seguida por,
Recitativo, onde os atores ficam dialogando. Os personagens secundários
participam do coro, enquanto os principais interpretam as árias (composições
para voz solista).
8)
O termo ópera provém do latim opera, plural de opus ("obra",
na mesma língua), sugerindo que esta combina as artes de canto coral e solo, recitativo e balé, em um espetáculo
encenado.
9)
A ópera surgiu no início do séc. XVII, na Itália para definir
as peças de teatro musical, às quais se referia, com formulações universais
como dramma per música (drama
musical) ou favola in música (fábula
musical), espécie de diálogo falado ou declamado acompanhado por uma orquestra.
10)
Devido seu local de origem, a maior parte das óperas é encenada
em latim ou italiano. Suas origens remontam as tragédias gregas e cantos
carnavalescos italianos do séc. XIV.
11)
A primeira obra considerada uma ópera, data aproximadamente
do ano 1594 em Florença no final
do Renascimento.
Chamada Dafne (está
atualmente desaparecida) escrita por Jacopo Peri e Rinuccini, para um círculo
elitista de humanistas florentinos,
conhecido como a Camerata.
12)
Dafne foi uma
tentativa de reviver uma tragédia grega clássica, como parte de uma ampla
reaparição da antiguidade que caracterizou o Renascimento.
13)
Um trabalho posterior de Peri, Eurídice - escrita para
as bodas de Henrique IV e Maria de Médicis, em 1600 - é a primeira ópera que
sobreviveu até a atualidade.
14)
Na Itália, três cidades deram
importantes contribuições para o desenvolvimento da ópera;
Roma aperfeiçoou os
Coros; Nápoles o "bel canto", ou seja, a arte de cantar; Veneza a
música instrumental.
15)
A escola considerada mais importante foi de Veneza, onde
surgiu o primeiro gênio da ópera, Claudio
Monteverdi (1567-1643).
16)
Nascido em Cremona, foi membro da sociedade Os Filarmônicos de Bologna, onde
realizou progressos na arte musical e contribuiu com o crescimento do drama
lírico com suas duas Aridne e Dafne.
Seu discípulo, Francesco Cavalli (1599-1676)
aperfeiçoou o estilo de Monteverdi, agrupando várias vozes em duetos, tercetos
e quartetos, e colocando os coros em lugar de importância secundária. Cavalli
introduziu também os elementos cômicos.
17)
Contemporâneos de Cavalli, encontramos Giacomo Carissimi (1604-1674),
de Roma, que se distinguiu
nos oratórios.
Seu discípulo Antonio Cesti (1620-1669),
introduziu na escola veneziana o estilo do oratório de Carissimi.
18)
Só que o público já clamava pela forma de Cavalli, por isso
Cesti dividiu a ópera em Ópera-séria e Ópera-bufa.
19)
Em Nápoles, Alessandro
Stradella (1645-1681) empregou os métodos de Carissimi em suas
obras, mas a grande importância da
Escola Napolitana se deve à Alessandro
Scarlatti (1659-1725), que conecta a severa escola do contraponto e a escola
livre do bel
canto.
20)
Com Scarlatti, a melodia adquire maior fluência e graça, e as
árias tomam forma de recitativo. Scarlatti usou também a forma de Abertura.
21)
Os seguidores de Scarlatti foram: Nicola Porpora (1686-1766); Francesco Durante (1684-1755),
que teve ilustres pupilos, dentre eles.
23)
Niccolò
Piccinni (1728-1800), que desenvolveu ainda mais esta forma,
durante o período de Glück em Paris.
La serva
Padrona; Niccolò Jommelli (1714-1785), chamado o Glück italiano; Baldassare Galuppi (1706-1785), considerado o pai da ópera bufa; e
o maior expoente na ópera séria, Giovanni
Bononcini (1660-1750).
26)
Depois de obter considerável fama na produção de óperas
italianas convencionais, Christoph
Willibald Glück foi para a Inglaterra.
27)
Christoph
Willibald Glück
não satisfeito com as condições existentes para
a ópera e a fim de estudar mais, foi para Paris, onde se sentiu muito atraído
pelas obras de Jean-Philippe
Rameau (1683-1764).
28)
Christoph
Willibald Glück
retornou a Viena, dedicou-se novamente aos
estudos, tentando sempre estabelecer uma relação mais íntima entre a música e o
drama.
29)
Em 1762 estreia a ópera Orfeu, a fim de aplicar muitas de suas teorias. Mas foi somente
com Alceste, em 1767, que
consagrou-se um dos principais compositores de drama lírico do mundo.
30)
A ópera-séria, também conhecida como dramma per musica ou melodramma serio, refere-se a um
estilo nobre e sério da ópera italiana que predominou na década de 1710.
31)
A sua origem foi a partir das convenções austeras do drama através da música, do chamado
alto barroco.
32)
O próprio termo era pouco usado na época, e só se tornou
comum depois que a própria ópera séria saiu de moda, pois se apresentava muito
elaborada,
com várias cenas diferentes, sem se importar com a temática
dramática, e com presença de grandes coros, sem nenhuma temática também
dramática. A orquestra era meramente um acompanhamento.
33)
A ópera-buffa, também conhecida como commedia per musica ou divertimento giocoso, refere-se à
versão italiana da opéra-comica.
34)
A origem da ópera-buffa estava ligada a desenvolvimentos
musicais e literários que ocorriam em Nápoles no início
do séc.
XVIII, de onde se espalhou para Roma e norte da Itália.
35)
Distingue-se da ópera-cômica (produzida mais tarde na França)
onde o diálogo é falado. Na ópera cômica a ação não é sempre cômica,
como
exemplos: "Les Deux Journées" e "Carmen". "O Barbeiro
de Sevilla", de Rossini, é um exemplo de
ópera-bufa.
36)
A ópera-bufa era de caráter ligeiro e burlesco, mantendo
grande parte do efeito dramático, mas freqüentemente se convertia em vulgar e
meramente comum.
O diálogo por meio de recitativos, fora tarde modificado com a
introdução de árias, duetos e corais. Este estilo de
ópera tornou-se popular em Nápoles, onde dava aos
cantores oportunidades para exibir suas técnicas vocais.
37)
O bel canto é
um estilo do início do séc. XIX, presente na ópera
italiana, que se caracterizava pelo virtuosismo e os adornos vocais que
demonstrava o solista em sua representação.
Ademais, baseava-se numa expressão
vocal distinta, em que o drama deveria ser expresso através do canto,
valorizando-se sobretudo a melodia e mantendo-se sempre uma linha de legato
firme e impecável.
38)
O estilo bel
canto contém alguns dos personagens mais complexos e dramáticos do
repertório operístico, como a Norma, de Bellini, e
a Lucia
di Lammermoor, de Donizetti. Era, contudo, uma forma de expressão
particular, alinhada aos ideais do Romantismo.
39)
Na primeira metade do séc. XIX o bel canto alcançou seu nível
mais alto, através das óperas de Gioacchino Rossini, Vincenzo Bellini e Gaetano Donizetti, dentre
outros.
Esta técnica continuou a ser utilizada muito tempo depois, embora novas
correntes musicais a tenham sobrepujado.
40)
Muitas óperas desse estilo ficaram abandonadas durante
décadas, ou até mais de um século, só vindo a ser resgatadas entre os anos 1950
e 1980,
período que ficou conhecido pelo resgaste de diversas óperas
capitaneados por cantoras famosas, como Maria Callas, Joan Sutherland, Leyla Gencer e Montserrat
Caballé.
41)
Rivalizando com produções
importadas da ópera italiana, uma tradição francesa separada, cantada em francês, foi
fundada pelo compositor italiano Jean-Baptiste Lully, que monopolizou a ópera
francesa desde 1672.
As aberturas de Lully, seus
recitativos disciplinados e fluidos e seus intermezzi estabeleceram um padrão que Gluck lutou por reformar quase um
século depois.
43)
A ópera francesa com diálogos falados é conhecida como ópera-comique,
independente de seu
conteúdo, mas, inicialmente, por volta do início do século XVIII, seu libreto
estava atrelado ao gênero buffo.
44)
Teve seu auge entre os anos de 1770 e 1880 e uma de suas
representantes mais reconhecidas foi Carmen de Bizet, de 1875.
A ópera-comique serviu como modelo
para o desenvolvimento do singspiel alemão
e pode assemelhar-se à operetta,
conforme o peso de seu conteúdo temático.
45)
Os elementos da Grand
Ópera francesa apareceram pela primeira vez nas obras Guillaume
Tell, de Rossini, em 1829, e Robert le Diable, de Meyerbeer,
em 1831.
46)
A Grand Ópera Caracterizava
por ter decorações luxuosas e elaboradas, um grande coro, uma grande orquestra, balés obrigatórios
e um número elevado de personagens.
O ápice da Grand Ópera na Itália se dá
com Verdi, com Les Vêpres Siciliennes e Don Carlo, e na Alemanha, com o Rienzi, de Richard Wagner.
47)
Inspirada predominantemente na ópera italiana, desenvolveu-se
desde meados da metade do século XVII uma tradição operística nos territórios
de língua alemã.
48)
A primeira ópera de um compositor teutônico foi Dafne, de Heinrich
Schütz, cuja partitura infelizmente não sobreviveu ao tempo.
Schütz
conheceu a forma musical durante sua estadia na Itália entre 1609 e 1613.
49)
Apenas alguns anos após a estreia de Dafne, foi composta a primeira ópera
de língua alemã que chegou até nós:
Seelewig ou Das geistliche Waldgedicht oder
Freudenspiel, genannt Seelewig (O poema espiritual da floresta ou peça alegre, intitulado Seelewig),
de Sigmund Theophil Staden, a partir de um libreto de Georg Philipp
Harsdürffer.
50)
Seelewig é uma obra
alegórico-didática (Lehrstück),
inspirada na dramaturgia escolástica (Schuldrama)
da Renascença alemã.
51)
Pouco depois da Guerra
dos Trinta Anos, os teatros de ópera estabeleceram-se também nos territórios
de língua alemã como um ponto de encontro das classes sociais mais abastadas.
52)
Os príncipes e as casas reais exerceram um papel de vital
importância neste processo, financiando a construção de teatros de corte e os
seus artistas.
Tais teatros eram em sua maioria também abertos ao público (ao
menos à burguesia). Assim, em 1657, Munique inaugurou seu
primeiro teatro de ópera; Dresden, em 1667.
53)
Teatros de ópera públicos e
populares – isto é, financiados pelo poder público ou pela burguesia -,
como o
de Veneza, havia apenas em Hamburgo (a partir de 1678), Hannover (a partir de 1689) e Leipzig (a partir de 1693).
54)
Em clara oposição aos teatros de
ópera da corte, dominados por óperas em língua italiana, tais teatros
populares,
em especial o de Hamburgo – o mais antigo teatro de ópera burguês da
Alemanha -, dedicavam sua programação a obras e autores de língua alemã,
como Händel, Keiser, Mattheson e Telemann.
Estes estabeleceram a partir do
início do século XVIII, com o uso libretti em
língua alemã, muitas vezes escritos por grandes poetas, como
Elmenhorst, Feind,
Hunold e Postel, uma tradição operística propriamente germânica.
55)
Dois dos mais importantes
escritos sobre ópera da época,
Dramatologia (1688),
de Elmenhorst, e Gedancken von
der Opera (1708), sublinham o papel central exercido pelo
teatro de
ópera de Hamburgo para o estabelecimento de uma tradição operística nacional
alemã.
56)
O teatro foi, no entanto, fechado
em 1738, favorecendo o fortalecimento das óperas em língua italiana, que desde
sempre já dominavam o meio operístico nos territórios de língua alemã.
57)
Com a obra de Wolfgang Amadeus
Mozart iniciou-se, a partir de meados de 1780, um longo desenvolvimento
operístico alemão, que duraria até o fim do século XIX,
e levaria a uma
suplantação das obras italianas em favor das germânicas – ou de obras
estrangeiras integralmente traduzidas em alemão - nos territórios de língua
alemã.
58)
Mozart alternou diversas óperas em língua italiana com óperas
em língua alemã.
A opera seria Idomeneo (1781), sua primeira
obra-prima, foi escrita em italiano para o teatro de ópera de Munique.
59)
Após os Singspiele Bastien und Bastienne, Zaide e O Rapto do Serralho (Die Entführung aus dem Serail),
Mozart estabeleceu com As Bodas de Fígaro (1786) e, sobretudo, com Don
Giovanni (1787), seu estilo peculiar, que aproximava elementos
da opera seria e
da opera buffa.
60)
As duas últimas obras-primas, assim como Cosí fan tutte, foram escritas em
italiano por Lorenzo da Ponte. A Flauta Mágica (1791), escrita em alemão,
reúne elementos da ópera
tradicional, do Singspiel e
do antigo teatro mágico de Viena, o qual utiliza efeitos de palco espetaculares
e cuja ação dramática inclui elementos míticos. Daí vieram as ideias e símbolos
da maçonaria - da qual
Mozart era um membro.
61)
Com Weber (1786-1826)
inicia-se a ópera romântica alemã. Em Der
Freischütz ele oferece ao povo alemão sua primeira ópera nacional.
Outros representantes do romantismo operístico alemao foram Franz Schubert (Fierrabras),
cujas óperas, por conta de seus libretos de baixa qualidade, foram praticamente
esquecidas, e Robert Schumann, que nos legou
apenas uma ópera (Genoveva).
62)
Nesse período destacam-se as óperas de Heinrich
Marschner - cujos eventos sobrenaturais e descrições da natureza
(por exemplo, em Hans Heiling)
muito influenciariam Richard Wagner -, Albert Lortzing (Zar und Zimmermann e Der Wildschütz), Friedrich
von Flotow (Martha), Louis Spohr (Faust) e Otto Nicolai (Die lustigen Weibern von Windsor).
63)
Richard Wagner revolucionou
de tal forma o romantismo operístico alemão que os seus predecessores foram
quase que inteiramente esquecidos após ele.
64)
Ele obteve seu primeiro sucesso com Rienzi, que foi logo em
seguida superado por O
Navio Fantasma (Der fliegende
Hollander).
65)
Uma das inovações para a ópera trazidas por Wagner foi a
introdução do conceito do drama musical,
pelo que a ópera
deixa de ser composta por "números" e a música passa a ter um fluxo
contínuo, sem divisões em árias, duetos, etc.
66)
Outra inovação de Wagner é a ideia de que orquestra e
cantores devem ter o mesmo peso para a composição. A orquestra, portanto, não
mais acompanha os cantores; antes, serve de “abismo místico”, em uma relação
multifacetada com o que é cantado.
Um tema recorrente nas óperas de Wagner
(exceto Os Mestres Cantores de Nurembergue), cujo libreto ele
próprio redigia, é a salvação através do amor, da renúncia ou da morte.
67)
Em Tristão
e Isolda ele transfere o drama interno dos protagonistas para a
música – a ação dramática externa é incrivelmente escassa.
O início desta ópera
retirou de todo a força da regra harmónica até então dominante. Ele ficou tão
conhecido que entrou para a história da música com um nome próprio: Acorde de Tristão (Tristan-Akkord).
68)
As óperas de Wagner sobressaem-se musicalmente tanto por seu
genial tratamento da orquestração, que exerceu forte influência na música
sinfônica de seu tempo
até Gustav Mahler, quanto pela
introdução de motivos musicais (os Leitmotive)
que se associam a personagens, situações objetos ou ideias.
69)
Com O
anel dos Nibelungos, o mais conhecido ciclo operístico de todos os tempos com
quatro óperas e aproximadamente 16 horas de duração, Wagner concretizou o mais ambicioso
plano de sua vida.
Parsifal foi
a última de suas óperas, que dividiram de maneira definitiva o meio musical
entre seguidores (por exemplo, Engelbert
Humperdinck, Richard Strauss, etc.) e opositores
– principalmente na França.
71)
Suas duas primeiras obras, Salomé e Elektra, são
normalmente classificadas como romântico-tardias ou expressionistas.
72)
Contemporaneamente a Strauss
foram compostas pelos músicos da chamada
Segunda Escola de Viena diversas óperas que seguiam, com diferentes graus de rigor, as
técnicas dodecafônicas desenvolvidas
pela escola.
73)
O mais bem sucedido compositor do
grupo no campo operístico foi Alban Berg,
cujas óperas Wozzeck e Lulu – a última inteiramente
dodecafónica –
são até hoje encenadas regularmente em todo o mundo. Outro
compositor da escola que se destacou no meio operístico foi Arnold Schönberg, cujas
óperas Espera (Erwartung) e Moisés e Aarão (Moses und Aron) entraram igualmente
para o repertório internacional.
74)
A composição de Moisés e Aarão teve início em
1930, mas foi abandonada em 1937.
A ópera estreou incompleta, em 1957, após a
morte do compositor, e a partir dos anos 70 estabeleceu-se definitivamente no
repertório operístico internacional.
75)
De uma forma geral, a ópera alemã
tem a característica de abordar temas mitológicos e fantásticos, de intensa
profundidade, mas que a rigor
não poderiam ser classificadas como óperas
cômicas ou trágicas, por não terem a ação trágica ou cômica como núcleo
principal do drama.
76)
Após as correntes minimalistas e atonais de vanguarda, a
segunda metade do século XX presenciou um momento misto na composição
operística.
77)
Por um lado, compositores como Philip Glass seguiram um
estilo minimalista,
enquanto compositores como Samuel Barber e Francis Poulenc
compuseram escritas puramente tonais.
78)
No momento contemporâneo, os principais compositores de ópera
são John Adams, Tobias Picker, Jake Heggie, André Previn, Mark Adamo e Kaija
Saariaho, dentre outros.
A produção operística continua intensa, embora poucas
delas consigam se firmar no repertório das casas de ópera.
79)
A ópera era uma forma de lazer no
século XIX, tocada muito nos Saraus
(um evento cultural ou musical realizado
geralmente em casa particular, onde as pessoas se encontravam para se
expressarem ou se manifestarem artisticamente).
80)
A primeira ópera composta e
estreada em solo brasileiro foi I Due Gemelli, de José Maurício Nunes Garcia, cujo texto se perdeu posteriormente.
Porém, considera-se a primeira
ópera genuinamente brasileira, com texto em português, A
Noite de São João, de Elias Álvares Lobo.
81)
O compositor de óperas brasileiro
mais famoso foi, sem dúvida, Carlos
Gomes. Embora tenha estreado boa parte
de suas óperas na Itália e muitas delas com texto em italiano,
Carlos Gomes
frequentemente usava temáticas tipicamente brasileiras, como as óperas Il Guarany e Lo Schiavo, sendo um nome bastante reconhecido
em seu tempo, tanto no Brasil quanto na Itália.
Nos
tempos atuais, a ópera brasileira continua sendo composta e tende a seguir as
tendências da música de vanguarda,
tais como Olga, de Jorge
Antunes, A Tempestade, de Ronaldo
Miranda, e O Cientista, de Silvio
Barbato.
83)
De grande importância temos
também Elomar Figueira Mello, que compôs em
1983 Auto da Catingueira,
uma ópera em cinco movimentos, e ainda as Árias Sertânicas,
já em 1992, além de vários outros trabalhos,
sempre com a temática, cenas e momentos envolvendo histórias de vida vividas ou
passadas.
O compositor brasiliense João
MacDowell tem obtido grande sucesso
com encenações de sua ópera bilíngue Tamanduá, encenada em Nova York e New Jersey.
A história conta a
jornada de uma jornalista norte-americana no Brasil,
envolvida em um triângulo
amoroso, e contém elementos da religiosidade, como candomblé e pajelança.
A
música mistura elementos contemporâneos e ritmos brasileiros.
adaptação de sua sinfonia nº1 em Lá Bemol
Maior, com texto em Latim e Português que
retrata a paixão de Cristo em quatro movimentos.
84)
O Brasil tem dois
festivais de Opera: Festival Amazonas de Ópera -
Manaus - Amazonas – Brasil; Festival de Ópera do Theatro da Paz - Belém - Pará
– Brasil.
85)
O
principal compositor de óperas da história da música brasileira foi Carlos
Gomes.
Sua principal ópera foi O Guarani.
86)
A pedido de Napoleão III, em 1861, o arquiteto Charles
Garnier começou a construir uma nova casa de ópera em Paris.
Inaugurado sob a
Terceira República em 5 de janeiro de 1875, o edifício capturou a imaginação
dos seus contemporâneos com design arrojado, eclético e opulento do arquiteto.
87)
O Teatro alla
Scala em Milão, Itália, é uma das mais
famosas casas de ópera do mundo. Obra
do arquiteto neoclássico Giuseppe
Piermarini,
foi inaugurado em 3 de agosto de 1778 com a opera
de Antonio Salieri, L'Europa
riconosciuta, com libreto de Mattia Verazi.
88)
O Festival de
Bayreuth é um festival anual que acontece em Bayreuth, Alemanha, com performances
de óperas do
compositor Richard Wagner.
O próprio Wagner
concebeu o festival como forma de exibir e divulgar suas obras, sobretudo as
óperas Der
Ring des Nibelungen e Parsifal.
89)
Atualmente, as apresentações
ocorrem em um teatro construído exclusivamente para o evento, denominado
Bayreuth Festspielhaus, cujo projeto
arquitetônico foi supervisionado pelo próprio Wagner de modo que os aspectos
deste edifício fossem adequados para a exibição de suas óperas.
90)
O festival tornou-se uma meta de
peregrinação de entusiastas wagnerianos, que às vezes devem esperar por anos para conseguir obter um bilhete,
visto sua grande procura.
91)
Giacomo Puccini (Lucca, 22 de dezembro de 1858 — Bruxelas, 29 de novembro de 1924) foi um compositor de óperas italiano.
92)
Vincenzo
Salvatore Carmelo Francesco Bellini ( Catania , Reino da Sicília , 3 de novembro de 1801 - Puteaux , Reino da França, 23 de setembro de 1835 ) foi um compositor italiano e um dos três maiores
representantes da era Bel Canto.
No início do século XIX,
juntamente com os compositores italianos Gioachino Rossini e Gaetano Donizetti.
93)
Domenico
Gaetano Maria Donizetti ( Bergamo , Lombardia , 29 de novembro de1797 - 8 de abril de 1848 ),
94)
Antonio Lucio Vivaldi ( Veneza , 4 de março de 1678 - Viena , 28 de julho de 1741 ), era compositor , violinista , empresário , professor e sacerdote barroco católico veneziano . Ele
foi apelidado de Il Prete Rosso ("O
Sacerdote Vermelho") por ser padre e ruivo . É uma das figuras
mais relevantes na história da música. Seu domínio se reflete em ter
cimentado o gênero do concerto , o
mais importante de seu tempo. Ele compôs cerca de 770 obras, entre as
quais há mais de 400 concertos e cerca de 46 óperas.
95)
Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (15 de
maio de 1567 - 29 de novembro de 1643) foi um compositor italiano, um guitarrista e
um cantor de coro. Compositor
de música secular e religiosa e pioneiro no desenvolvimento da ópera , ele é considerado uma
figura transitória crucial entre o Renascimento e
os períodos barrocos da
história da música.
96)
Jacopo
Peri ( 20 de agosto de 1561 - 12 de agosto de 1633 )
foi compositor e cantor italiano do
período de transição entre o Renascimento e
o Barroco e
é considerado o inventor da ópera . Composto
a primeira ópera conservada: Eurydice ( 1600 )
e a considerada como primeira ópera da
história, a Daphne.
97)
Wilhelm Richard
Wagner (Leipzig, 22 de maio de 1813 — Veneza, 13 de fevereiro de 1883) foi um maestro, compositor,
diretor de teatro e ensaista alemão, primeiramente conhecido por suas óperas.
98)
Gioachino Antonio
Rossini (Pésaro, 29 de fevereiro de 1792 — Paris, 13 de novembro de 1868) foi um compositor erudito italiano.
99)
Gioachino Rossini muito popular em seu
tempo, que criou 39 óperas, assim como
diversos trabalhos para música sacra e música
de câmara.
100)
Giuseppe Fortunino
Francesco Verdi (Roncole, 10 de outubro de 1813 — Milão, 27 de janeiro de 1901) foi um compositor de óperas do
período romântico italiano, sendo na época
considerado o maior compositor nacionalista da Itália.
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