OPERA


1)   Ópera é um gênero artístico teatral que consiste em um drama encenado acompanhada de música, ou seja, composição dramática em que se combinam música instrumental e canto, com presença ou não de diálogo falado. 



Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa.


2)   Em italiano significa trabalho, em latim, plural de "opus", obra.


3)   O desenvolvimento das estruturas musicais anteriormente pelos mestres flamengos e venezianos serviu de suporte para que, no Barroco, surgisse uma nova forma musical, a ópera.


4)   O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários e atuação. 



No entanto, a letra da ópera (conhecida como libreto) é normalmente cantada em lugar de ser falada. A ópera é também o casamento perfeito entre a música e o teatro.


5)   Os cantores e seus personagens são classificados de acordo com seus timbres vocais: 



Os cantores em: baixobaixo-barítono (ou baixo-cantor), barítonotenor e contratenor; As cantoras em: contraltomezzo-soprano e soprano.


6)   Cada classificações tem subdivisões, como por exemplo: um barítono pode ser um barítono lírico, um barítono de caráter ou um barítono bufo, os quais associam a voz do cantor com os personagens mais apropriados para a qualidade e o timbre de sua voz.


7)   Uma ópera segue, basicamente, um roteiro padrão. Primeira parte, a Abertura, onde é tocada uma música pela orquestra. Seguida por, Recitativo, onde os atores ficam dialogando. Os personagens secundários participam do coro, enquanto os principais interpretam as árias (composições para voz solista).


8)   O termo ópera provém do latim opera, plural de opus ("obra", na mesma língua), sugerindo que esta combina as artes de canto coral e solorecitativo e balé, em um espetáculo encenado.


9)   A ópera surgiu no início do séc. XVII, na Itália para definir as peças de teatro musical, às quais se referia, com formulações universais como dramma per música (drama musical) ou favola in música (fábula musical), espécie de diálogo falado ou declamado acompanhado por uma orquestra.


10)                     Devido seu local de origem, a maior parte das óperas é encenada em latim ou italiano. Suas origens remontam as tragédias gregas e cantos carnavalescos italianos do séc. XIV.


11)                     A primeira obra considerada uma ópera, data aproximadamente do ano 1594 em Florença no final do Renascimento.






 Chamada Dafne (está atualmente desaparecida) escrita por Jacopo Peri e Rinuccini, para um círculo elitista de humanistas florentinos, conhecido como a Camerata.


12)                     Dafne foi uma tentativa de reviver uma tragédia grega clássica, como parte de uma ampla reaparição da antiguidade que caracterizou o Renascimento.


13)                     Um trabalho posterior de Peri, Eurídice - escrita para as bodas de Henrique IV e Maria de Médicis, em 1600 - é a primeira ópera que sobreviveu até a atualidade.


14)                     Na Itália, três cidades deram importantes contribuições para o desenvolvimento da ópera; 



Roma aperfeiçoou os Coros; Nápoles o "bel canto", ou seja, a arte de cantar; Veneza a música instrumental.


15)                     A escola considerada mais importante foi de Veneza, onde surgiu o primeiro gênio da ópera, Claudio Monteverdi (1567-1643).


16)                     Nascido em Cremona, foi membro da sociedade Os Filarmônicos de Bologna, onde realizou progressos na arte musical e contribuiu com o crescimento do drama lírico com suas duas Aridne e Dafne



Seu discípulo, Francesco Cavalli (1599-1676) aperfeiçoou o estilo de Monteverdi, agrupando várias vozes em duetos, tercetos e quartetos, e colocando os coros em lugar de importância secundária. Cavalli introduziu também os elementos cômicos.


17)                     Contemporâneos de Cavalli, encontramos Giacomo Carissimi (1604-1674), de Roma, que se distinguiu nos oratórios. 



Seu discípulo Antonio Cesti (1620-1669), introduziu na escola veneziana o estilo do oratório de Carissimi.


18)                     Só que o público já clamava pela forma de Cavalli, por isso Cesti dividiu a ópera em Ópera-séria e Ópera-bufa.


19)                     Em Nápoles, Alessandro Stradella (1645-1681) empregou os métodos de Carissimi em suas obras, mas a grande importância da 



Escola Napolitana se deve à Alessandro Scarlatti (1659-1725), que conecta a severa escola do contraponto e a escola livre do bel canto.


20)                     Com Scarlatti, a melodia adquire maior fluência e graça, e as árias tomam forma de recitativo. Scarlatti usou também a forma de Abertura.


21)                     Os seguidores de Scarlatti foram: Nicola Porpora (1686-1766); Francesco Durante (1684-1755), que teve ilustres pupilos, dentre eles.


22)                     Nicola Logroscino (1700-1763), o inventor do concertante final.


23)                     Niccolò Piccinni (1728-1800), que desenvolveu ainda mais esta forma, durante o período de Glück em Paris.


24)                     Em Nápoles surgiram: Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736), que escreveu uma obra notável, 



La serva Padrona; Niccolò Jommelli (1714-1785), chamado o Glück italianoBaldassare Galuppi (1706-1785), considerado o pai da ópera bufa; e o maior expoente na ópera séria, Giovanni Bononcini (1660-1750).


25)                     Christoph Willibald Glück (1714-1787) foi o primeiro reformulador do drama lírico.


26)                     Depois de obter considerável fama na produção de óperas italianas convencionais,  Christoph Willibald Glück foi para a Inglaterra.


27)                     Christoph Willibald Glück não satisfeito com as condições existentes para a ópera e a fim de estudar mais, foi para Paris, onde se sentiu muito atraído pelas obras de Jean-Philippe Rameau (1683-1764).

28)                     Christoph Willibald Glück retornou a Viena, dedicou-se novamente aos estudos, tentando sempre estabelecer uma relação mais íntima entre a música e o drama.


29)                     Em 1762 estreia a ópera Orfeu, a fim de aplicar muitas de suas teorias. Mas foi somente com Alceste, em 1767, que consagrou-se um dos principais compositores de drama lírico do mundo.


30)                     A ópera-séria, também conhecida como dramma per musica ou melodramma serio, refere-se a um estilo nobre e sério da ópera italiana que predominou na década de 1710.


31)                     A sua origem foi a partir das convenções austeras do drama através da música, do chamado alto barroco.


32)                     O próprio termo era pouco usado na época, e só se tornou comum depois que a própria ópera séria saiu de moda, pois se apresentava muito elaborada, 




com várias cenas diferentes, sem se importar com a temática dramática, e com presença de grandes coros, sem nenhuma temática também dramática. A orquestra era meramente um acompanhamento.


33)                     A ópera-buffa, também conhecida como commedia per musica ou divertimento giocoso, refere-se à versão italiana da opéra-comica.


34)                     A origem da ópera-buffa estava ligada a desenvolvimentos musicais e literários que ocorriam em Nápoles no início do séc. XVIII, de onde se espalhou para Roma e norte da Itália.


35)                     Distingue-se da ópera-cômica (produzida mais tarde na França) onde o diálogo é falado. Na ópera cômica a ação não é sempre cômica, 

como exemplos: "Les Deux Journées" e "Carmen". "O Barbeiro de Sevilla", de Rossini, é um exemplo de ópera-bufa.


36)                     A ópera-bufa era de caráter ligeiro e burlesco, mantendo grande parte do efeito dramático, mas freqüentemente se convertia em vulgar e meramente comum. 



O diálogo por meio de recitativos, fora tarde modificado com a introdução de áriasduetos e corais. Este estilo de ópera tornou-se popular em Nápoles, onde dava aos cantores oportunidades para exibir suas técnicas vocais.


37)                     O bel canto é um estilo do início do séc. XIX, presente na ópera italiana, que se caracterizava pelo virtuosismo e os adornos vocais que demonstrava o solista em sua representação. 



Ademais, baseava-se numa expressão vocal distinta, em que o drama deveria ser expresso através do canto, valorizando-se sobretudo a melodia e mantendo-se sempre uma linha de legato firme e impecável.


38)                     O estilo bel canto contém alguns dos personagens mais complexos e dramáticos do repertório operístico, como a Norma, de Bellini, e a Lucia di Lammermoor, de Donizetti. Era, contudo, uma forma de expressão particular, alinhada aos ideais do Romantismo.


39)                     Na primeira metade do séc. XIX o bel canto alcançou seu nível mais alto, através das óperas de Gioacchino RossiniVincenzo Bellini e Gaetano Donizetti, dentre outros. 


Esta técnica continuou a ser utilizada muito tempo depois, embora novas correntes musicais a tenham sobrepujado.


40)                     Muitas óperas desse estilo ficaram abandonadas durante décadas, ou até mais de um século, só vindo a ser resgatadas entre os anos 1950 e 1980, 



período que ficou conhecido pelo resgaste de diversas óperas capitaneados por cantoras famosas, como Maria CallasJoan SutherlandLeyla Gencer e Montserrat Caballé.


41)                     Rivalizando com produções importadas da ópera italiana, uma tradição francesa separada, cantada em francês, foi fundada pelo compositor italiano Jean-Baptiste Lully, que monopolizou a ópera francesa desde 1672



As aberturas de Lully, seus recitativos disciplinados e fluidos e seus intermezzi estabeleceram um padrão que Gluck lutou por reformar quase um século depois. 


A ópera na França permaneceu, incluindo interlúdios de balé e uma elaborada maquinaria cenográfica.


42)                     A ópera francesa foi influenciada pelo bel canto de Rossini e outros compositores italianos.


43)                     A ópera francesa com diálogos falados é conhecida como ópera-comique,


 independente de seu conteúdo, mas, inicialmente, por volta do início do século XVIII, seu libreto estava atrelado ao gênero buffo.


44)                     Teve seu auge entre os anos de 1770 e 1880 e uma de suas representantes mais reconhecidas foi Carmen de Bizet, de 1875

A ópera-comique serviu como modelo para o desenvolvimento do singspiel alemão e pode assemelhar-se à operetta, conforme o peso de seu conteúdo temático.


45)                     Os elementos da Grand Ópera francesa apareceram pela primeira vez nas obras Guillaume Tell, de Rossini, em 1829, e Robert le Diable, de Meyerbeer, em 1831.


46)                     A Grand Ópera Caracterizava por ter decorações luxuosas e elaboradas, um grande coro, uma grande orquestra, balés obrigatórios e um número elevado de personagens. 



O ápice da Grand Ópera na Itália se dá com Verdi, com Les Vêpres Siciliennes e Don Carlo, e na Alemanha, com o Rienzi, de Richard Wagner.


47)                     Inspirada predominantemente na ópera italiana, desenvolveu-se desde meados da metade do século XVII uma tradição operística nos territórios de língua alemã.


48)                     A primeira ópera de um compositor teutônico foi Dafne, de Heinrich Schütz, cuja partitura infelizmente não sobreviveu ao tempo.



 Schütz conheceu a forma musical durante sua estadia na Itália entre 1609 e 1613.


49)                     Apenas alguns anos após a estreia de Dafne, foi composta a primeira ópera de língua alemã que chegou até nós: 



Seelewig ou Das geistliche Waldgedicht oder Freudenspiel, genannt Seelewig (O poema espiritual da floresta ou peça alegre, intitulado Seelewig), de Sigmund Theophil Staden, a partir de um libreto de Georg Philipp Harsdürffer. 


50)                     Seelewig é uma obra alegórico-didática (Lehrstück), inspirada na dramaturgia escolástica (Schuldrama) da Renascença alemã.


51)                     Pouco depois da Guerra dos Trinta Anos, os teatros de ópera estabeleceram-se também nos territórios de língua alemã como um ponto de encontro das classes sociais mais abastadas.


52)                     Os príncipes e as casas reais exerceram um papel de vital importância neste processo, financiando a construção de teatros de corte e os seus artistas. 



Tais teatros eram em sua maioria também abertos ao público (ao menos à burguesia). Assim, em 1657, Munique inaugurou seu primeiro teatro de ópera; Dresden, em 1667.


53)                     Teatros de ópera públicos e populares – isto é, financiados pelo poder público ou pela burguesia -, 



como o de Veneza, havia apenas em Hamburgo (a partir de 1678), Hannover (a partir de 1689) e Leipzig (a partir de 1693).


54)                     Em clara oposição aos teatros de ópera da corte, dominados por óperas em língua italiana, tais teatros populares, 

em especial o de Hamburgo – o mais antigo teatro de ópera burguês da Alemanha -, dedicavam sua programação a obras e autores de língua alemã, como Händel, Keiser, Mattheson e Telemann

Estes estabeleceram a partir do início do século XVIII, com o uso libretti em língua alemã, muitas vezes escritos por grandes poetas, como



 Elmenhorst, Feind, Hunold e Postel, uma tradição operística propriamente germânica.


55)                     Dois dos mais importantes escritos sobre ópera da época, 

Dramatologia (1688), de Elmenhorst, e Gedancken von der Opera (1708), sublinham o papel central exercido pelo 



teatro de ópera de Hamburgo para o estabelecimento de uma tradição operística nacional alemã.


56)                     O teatro foi, no entanto, fechado em 1738, favorecendo o fortalecimento das óperas em língua italiana, que desde sempre já dominavam o meio operístico nos territórios de língua alemã.


57)                     Com a obra de Wolfgang Amadeus Mozart iniciou-se, a partir de meados de 1780, um longo desenvolvimento operístico alemão, que duraria até o fim do século XIX, 



e levaria a uma suplantação das obras italianas em favor das germânicas – ou de obras estrangeiras integralmente traduzidas em alemão - nos territórios de língua alemã.


58)                     Mozart alternou diversas óperas em língua italiana com óperas em língua alemã. 



A opera seria Idomeneo (1781), sua primeira obra-prima, foi escrita em italiano para o teatro de ópera de Munique.


59)                     Após os Singspiele Bastien und BastienneZaide e O Rapto do Serralho (Die Entführung aus dem Serail), 



Mozart estabeleceu com As Bodas de Fígaro (1786) e, sobretudo, com Don Giovanni (1787), seu estilo peculiar, que aproximava elementos da opera seria e da opera buffa.


60)                     As duas últimas obras-primas, assim como Cosí fan tutte, foram escritas em italiano por Lorenzo da PonteA Flauta Mágica (1791), escrita em alemão, 



reúne elementos da ópera tradicional, do Singspiel e do antigo teatro mágico de Viena, o qual utiliza efeitos de palco espetaculares e cuja ação dramática inclui elementos míticos. Daí vieram as ideias e símbolos da maçonaria - da qual Mozart era um membro.


61)                     Com Weber (1786-1826) inicia-se a ópera romântica alemã. Em Der Freischütz ele oferece ao povo alemão sua primeira ópera nacional. 



Outros representantes do romantismo operístico alemao foram Franz Schubert (Fierrabras), cujas óperas, por conta de seus libretos de baixa qualidade, foram praticamente esquecidas, e Robert Schumann, que nos legou apenas uma ópera (Genoveva).


62)                     Nesse período destacam-se as óperas de Heinrich Marschner - cujos eventos sobrenaturais e descrições da natureza (por exemplo, em Hans Heiling) 



muito influenciariam Richard Wagner -, Albert Lortzing (Zar und Zimmermann e Der Wildschütz), Friedrich von Flotow (Martha), Louis Spohr (Faust) e Otto Nicolai (Die lustigen Weibern von Windsor).


63)                     Richard Wagner revolucionou de tal forma o romantismo operístico alemão que os seus predecessores foram quase que inteiramente esquecidos após ele.


64)                     Ele obteve seu primeiro sucesso com Rienzi, que foi logo em seguida superado por O Navio Fantasma (Der fliegende Hollander).


65)                     Uma das inovações para a ópera trazidas por Wagner foi a introdução do conceito do drama musical



pelo que a ópera deixa de ser composta por "números" e a música passa a ter um fluxo contínuo, sem divisões em áriasduetos, etc.


66)                     Outra inovação de Wagner é a ideia de que orquestra e cantores devem ter o mesmo peso para a composição. A orquestra, portanto, não mais acompanha os cantores; antes, serve de “abismo místico”, em uma relação multifacetada com o que é cantado. 



Um tema recorrente nas óperas de Wagner (exceto Os Mestres Cantores de Nurembergue), cujo libreto ele próprio redigia, é a salvação através do amor, da renúncia ou da morte.


67)                     Em Tristão e Isolda ele transfere o drama interno dos protagonistas para a música – a ação dramática externa é incrivelmente escassa. 



O início desta ópera retirou de todo a força da regra harmónica até então dominante. Ele ficou tão conhecido que entrou para a história da música com um nome próprio: Acorde de Tristão (Tristan-Akkord).


68)                     As óperas de Wagner sobressaem-se musicalmente tanto por seu genial tratamento da orquestração, que exerceu forte influência na música sinfônica de seu tempo 



até Gustav Mahler, quanto pela introdução de motivos musicais (os Leitmotive) que se associam a personagens, situações objetos ou ideias.


69)                     Com O anel dos Nibelungos, o mais conhecido ciclo operístico de todos os tempos com quatro óperas e aproximadamente 16 horas de duração, Wagner concretizou o mais ambicioso plano de sua vida. 



Parsifal foi a última de suas óperas, que dividiram de maneira definitiva o meio musical entre seguidores (por exemplo, Engelbert HumperdinckRichard Strauss, etc.) e opositores – principalmente na França. 


70)                     O mais importante compositor de óperas alemão após Wagner foi Richard Strauss.


71)                     Suas duas primeiras obras, Salomé e Elektra, são normalmente classificadas como romântico-tardias ou expressionistas.


72)                     Contemporaneamente a Strauss foram compostas pelos músicos da chamada 



Segunda Escola de Viena diversas óperas que seguiam, com diferentes graus de rigor, as técnicas dodecafônicas desenvolvidas pela escola.


73)                     O mais bem sucedido compositor do grupo no campo operístico foi Alban Berg, cujas óperas Wozzeck e Lulu – a última inteiramente dodecafónica – 

são até hoje encenadas regularmente em todo o mundo. Outro compositor da escola que se destacou no meio operístico foi Arnold Schönberg, cujas óperas Espera (Erwartung) e Moisés e Aarão (Moses und Aron) entraram igualmente para o repertório internacional. 


74)                     A composição de Moisés e Aarão teve início em 1930, mas foi abandonada em 1937. 



A ópera estreou incompleta, em 1957, após a morte do compositor, e a partir dos anos 70 estabeleceu-se definitivamente no repertório operístico internacional.


75)                     De uma forma geral, a ópera alemã tem a característica de abordar temas mitológicos e fantásticos, de intensa profundidade, mas que a rigor 



não poderiam ser classificadas como óperas cômicas ou trágicas, por não terem a ação trágica ou cômica como núcleo principal do drama.


76)                     Após as correntes minimalistas e atonais de vanguarda, a segunda metade do século XX presenciou um momento misto na composição operística.


77)                     Por um lado, compositores como Philip Glass seguiram um estilo minimalista, 



enquanto compositores como Samuel Barber e Francis Poulenc compuseram escritas puramente tonais.


78)                     No momento contemporâneo, os principais compositores de ópera são John Adams, Tobias Picker, Jake Heggie, André Previn, Mark Adamo e Kaija Saariaho, dentre outros. 



A produção operística continua intensa, embora poucas delas consigam se firmar no repertório das casas de ópera.


79)                     A ópera era uma forma de lazer no século XIX, tocada muito nos Saraus 



(um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa particular, onde as pessoas se encontravam para se expressarem ou se manifestarem artisticamente).


80)                     A primeira ópera composta e estreada em solo brasileiro foi I Due Gemelli, de José Maurício Nunes Garcia, cujo texto se perdeu posteriormente. 



Porém, considera-se a primeira ópera genuinamente brasileira, com texto em português, A Noite de São João, de Elias Álvares Lobo.


81)                     O compositor de óperas brasileiro mais famoso foi, sem dúvida, Carlos Gomes. Embora tenha estreado boa parte de suas óperas na Itália e muitas delas com texto em italiano, 



Carlos Gomes frequentemente usava temáticas tipicamente brasileiras, como as óperas Il Guarany e Lo Schiavo, sendo um nome bastante reconhecido em seu tempo, tanto no Brasil quanto na Itália.


82)                     Outros compositores de ópera brasileiros notáveis foram Heitor Villa-Lobos



autor de óperas como Izaht e Aglaia, e Mozart Camargo Guarnieri, autor de Um Homem Só



Nos tempos atuais, a ópera brasileira continua sendo composta e tende a seguir as tendências da música de vanguarda





83)                     De grande importância temos também Elomar Figueira Mello, que compôs em 1983 Auto da Catingueira, uma ópera em cinco movimentos, e ainda as Árias Sertânicas, 



já em 1992, além de vários outros trabalhos, sempre com a temática, cenas e momentos envolvendo histórias de vida vividas ou passadas. 



O compositor brasiliense João MacDowell tem obtido grande sucesso com encenações de sua ópera bilíngue Tamanduá, encenada em Nova York e New Jersey. 



A história conta a jornada de uma jornalista norte-americana no Brasil, 



envolvida em um triângulo amoroso, e contém elementos da religiosidade, como candomblé e pajelança. 



A música mistura elementos contemporâneos e ritmos brasileiros. 



Há que se notar também o trabalho de Samuel Quinto, em especial a sua ópera Pascha Aeternam

adaptação de sua sinfonia nº1 em Lá Bemol Maior, com texto em Latim e Português que retrata a paixão de Cristo em quatro movimentos.


84)                     O Brasil tem dois festivais de Opera: Festival Amazonas de Ópera - Manaus - Amazonas – Brasil; Festival de Ópera do Theatro da Paz - Belém - Pará – Brasil.


85)                     O principal compositor de óperas da história da música brasileira foi Carlos Gomes. 



Sua principal ópera foi O Guarani.


86)                     A pedido de Napoleão III, em 1861, o arquiteto Charles Garnier começou a construir uma nova casa de ópera em Paris. 



Inaugurado sob a Terceira República em 5 de janeiro de 1875, o edifício capturou a imaginação dos seus contemporâneos com design arrojado, eclético e opulento do arquiteto.


87)                     O Teatro alla Scala em MilãoItália, é uma das mais famosas casas de ópera do mundo. Obra do arquiteto neoclássico Giuseppe Piermarini



foi inaugurado em 3 de agosto de 1778 com a opera de Antonio Salieri, L'Europa riconosciuta, com libreto de Mattia Verazi.


88)                     O Festival de Bayreuth é um festival anual que acontece em BayreuthAlemanha, com performances de óperas do compositor Richard Wagner



O próprio Wagner concebeu o festival como forma de exibir e divulgar suas obras, sobretudo as óperas Der Ring des Nibelungen e Parsifal.


89)                     Atualmente, as apresentações ocorrem em um teatro construído exclusivamente para o evento, denominado 



Bayreuth Festspielhaus, cujo projeto arquitetônico foi supervisionado pelo próprio Wagner de modo que os aspectos deste edifício fossem adequados para a exibição de suas óperas.


90)                     O festival tornou-se uma meta de peregrinação de entusiastas wagnerianos, que às vezes devem esperar por anos para conseguir obter um bilhete, visto sua grande procura.


91)                     Giacomo Puccini (Lucca22 de dezembro de 1858 — Bruxelas29 de novembro de 1924) foi um compositor de óperas italiano


92)                     Vincenzo Salvatore Carmelo Francesco Bellini ( Catania , Reino da Sicília , 3 de novembro de 1801 - Puteaux , Reino da França23 de setembro de 1835 ) foi um compositor italiano e um dos três maiores representantes da era Bel Canto. 



No início do século XIX, juntamente com os compositores italianos Gioachino Rossini e Gaetano Donizetti.


93)                     Domenico Gaetano Maria Donizetti ( Bergamo , Lombardia , 29 de novembro de1797 - 8 de abril de 1848 ),



foi um prolífico compositor italiano.


94)                     Antonio Lucio Vivaldi Veneza , 4 de março de 1678 - Viena , 28 de julho de 1741 ), era compositor , violinista , empresário , professor e sacerdote barroco católico veneziano . Ele foi apelidado de Il Prete Rosso ("O Sacerdote Vermelho") por ser padre e ruivo . É uma das figuras mais relevantes na história da música. Seu domínio se reflete em ter cimentado o gênero do concerto , o mais importante de seu tempo. Ele compôs cerca de 770 obras, entre as quais há mais de 400 concertos e cerca de 46 óperas


95)                     Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (15 de maio de 1567 - 29 de novembro de 1643) foi um compositor italiano, um guitarrista e um cantor de coro. Compositor de música secular e religiosa e pioneiro no desenvolvimento da ópera , ele é considerado uma figura transitória crucial entre o Renascimento e os períodos barrocos da história da música.


96)                     Jacopo Peri 20 de agosto de 1561 - 12 de agosto de 1633 ) foi compositor e cantor italiano do período de transição entre o Renascimento e o Barroco e é considerado o inventor da ópera . Composto a primeira ópera conservada: Eurydice ( 1600 ) e a considerada como primeira ópera da história, a Daphne.


97)                     Wilhelm Richard Wagner (Leipzig22 de maio de 1813 — Veneza13 de fevereiro de 1883) foi um maestro, compositor, diretor de teatro e ensaista alemão, primeiramente conhecido por suas óperas.


98)                     Gioachino Antonio Rossini (Pésaro29 de fevereiro de 1792 — Paris13 de novembro de 1868) foi um compositor erudito italiano.


99)                     Gioachino Rossini muito popular em seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara


100)               Giuseppe Fortunino Francesco Verdi (Roncole10 de outubro de 1813 — Milão27 de janeiro de 1901) foi um compositor de óperas do período romântico italiano, sendo na época considerado o maior compositor nacionalista da Itália.
















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