MARCELO
DUARTE
4)
É conhecido pela série de livros O Guia dos Curiosos, que
começou a ser lançada em 1995 e que já tem nove diferentes volumes.
5)
Apresenta os programas "Você é Curioso?" (desde
2001) e "Manhã Bandeirantes" (desde 2015), na Rádio Bandeirantes, e o
"É Brasil que Não Acaba Mais" (desde 2008), na BandNews FM.
6)
Foi premiado em 2006 com o Prêmio APCA na categoria rádio.
7)
Trabalhou nas revistas Placar, Playboy e Veja S. Paulo, todas
da Editora Abril, entre 1984 e 1998.
9)
Cobriu três Copas do Mundo, cinco Olimpíadas e dois
Panamericanos.
12)
Hoje distribui toda a coleção de nove almanaques temáticos.
13)
O título de “curioso” rendeu ao jornalista mais do que
a carreira de escritor e dono de editora. Ele fez trabalhos para TV, rádio.
14)
Ele faz conteúdos para empresas.
15)
Sendo uma de suas empreitadas mais recentes o
programa “Tresloucados”, que apresenta no Youtube sobre
curiosidades do universo do futebol.
16)
No progra ele é acompanhado dos jornalistas Paulo
Vinicius Coelho e Celso Unzelte, seus ex-companheiros de trabalho na ESPN.
17)
A carreira de Marcelo começou do jeito tradicional, como
repórter na revista Placar, da editora Abril.
18)
Desde garoto sonhava em ser rabalhar na revsta Placar.
19)
Foi estudante de Jornalismo na USP.
20)
Ele entrou para cobrir férias e saiu como diretor.
21)
Nesse tempo, ele passou também por Playboy e Veja São Paulo.
22)
Nessa última, ele começou a reunir os fatos que seriam a
semente do primeiro almanaque O Guia dos Curiosos.
23)
“Eu cobria histórias mais gerais e comecei a guardar na
gaveta informações curiosas, como ‘quanto se gasta de calorias em meia hora de
natação’ ou ‘quantos metros tem a raia olímpica’, pensando que poderiam ser
úteis”.
24)
Durante uma viagem ao interior, na casa de uma tia, ele teve
a ideia de reunir essas informações e criar o primeiro “O Guia dos Curiosos”.
25)
“Na casa da minha tia encontrei uma coleção de livros
chamada Enciclopédia Curiosa,
dos anos 1960, e aquilo me deu a ideia de criar algo parecido, disse ele.
26)
Inicialmente, achei que poderia ser um almanaque útil para
jornalistas”.
27)
Em paralelo ao seu trabalho na editora Abril, começou a apurar
o primeiro livro sozinho.
28)
Ele começou valendo da experiência de trabalhar em uma época
pré-internet.
29)
Foi um sem-fim de busca de contatos em lista telefônica,
recado enviado por fax, entrevistas pessoais ou por telefone. “Levei exatamente
um ano.
30)
Pesquisava de manhã, antes de ir para o trabalho, e
escrevia à noite, antes de dormir, depois que meu filho mais velho, o Rodrigo
(na época, com 3 anos), dormia. Nos dias de fechamento era impossível seguir
essa rotina, então, eu usava também os finais de semana”.
31)
O livro, distribuído inicialmente pela Companhia das Letras,
foi um sucesso logo de cara e Marcelo ganhou visibilidade.
32)
“Enviei uma carta para o Luiz Schwarcz (dono da editora) com
a minha ideia. Era uma carta simples, com alguns exemplos de curiosidades. Ele
entrou em contato comigo, marcou uma reunião e pediu uma semana para
pensar. Foi aí que ouvi o ‘sim’”.
33)
No livro de capa laranja, os leitores encontraram respostas
para perguntas como “o bocejo é contagioso?” ou “quantas velas seriam
necessárias para copiar a claridade do sol”?.
34)
O almanaque se tornou um clássico nas pesquisas de crianças e
adolescentes nas escolas. Como diz Marcelo, a cultura de almanaque, na época,
estava um pouco esquecida, mas é algo que sempre chamou muito a atenção de
crianças e adultos. “Eu sentia que as crianças ficavam poderosas com o
livro, aprendendo curiosidades que os pais não sabiam. O resgate do gênero foi
feito na hora certa.
35)
Quando lancei o primeiro guia, as livrarias não tinham
estantes para almanaques. Fui parar na prateleira do humor, veja só. Hoje o
espaço para esse tipo de livro é enorme.
36)
No ano do seu lançamento, 1995, O Guia dos Curiosos foi
o livro de não ficção mais vendido – no total, até hoje, 230 mil exemplares
foram vendidos. No site da Panda Books, o guia é encontrado por 59,90 reais.
37)
Mesmo com a visibilidade que ganhou com o primeiro guia,
Marcelo continuou na Abril.
38)
Em 1998, depois da Copa do Mundo, foi demitido. “Eu não
imaginava a demissão, meu projeto era ficar por lá muitos anos. Eu era
paparicado ao extremo, tinha muitas regalias”, diz. Procurar um novo emprego
não foi tarefa fácil, já que a maioria (se não todos) os seus colegas eram da
editora Abril. Foi então a hora de assumir um novo cartão de visitas.
39)
Marcelo aproveitou o período pós-demissão para finalizar o
quarto livro da série, O Guia dos Curiosos – Brasil (antes, vieram as versões
“Esportes” e “Invenções”).
40)
e dar andamento a uma nova ideia: lançar um livro
chamado Endereços Curiosos de
São Paulo, também resultado de informações que reuniu durante seu
trabalho como jornalista. Ele levou o projeto a algumas editoras, mas nenhuma
topou.
41)
Sem outra alternativa, e sem pensar muito, ele decidiu lançar
a livro por conta própria. Assim nascia, em 1999, a Panda Books.
42)
“Fui impelido a empreender. Eu não
era um empreendedor nato. Tive uma ideia, acreditei nela e resolvi eu
mesmo fazer”.
43)
Com o projeto debaixo do braço, ele saiu a campo para
conversar com donos de livrarias, com o objetivo de sondar como eles receberiam
uma nova editora no mercado. Com o Guia dos Curiosos no auge, o jornalista recém
transformado em empreendedor foi bem recebido.
44)
Para abrir a Panda Books, Marcelo usou 100 mil reais de seu
fundo de garantia.
45)
A primeira sede foram duas salas em um sobrado compartilhado.
46)
Além de lançar pela Panda o Endereços Curiosos de São Paulo,
ele aproveitou sua experiência em revistas.
47)
Ele criou uma publicação digital gratuita voltada para
médicos, que viu como uma oportunidade rentável na bolha da internet.
48)
“Foi justamente na época em que os médicos estavam começando
a se digitalizar e a comprar computadores. Vendi publicidade para laboratórios
farmacêuticos e tive um resultado muito bom”.
49)
Nesse momento inicial, ajudou muito ter contado com a
Companhia das Letras (que distribuiu O Guia dos Curiosos por 10 anos) como escola.
50)
“O primeiro modelo de contrato da Panda Books foi
inteiramente inspirado no que eu tinha com a Companhia das Letras. Aos poucos,
claro, fomos adaptando”, fala Marcelo Duarte.
51)
Hoje em dia, Marcelo tem uma relação de troca com sua
ex-editora: “O Luiz costuma até me dar dicas de autores”.
52)
Marcelo abriu a Panda com um sócio, que ficou apenas dois
meses no negócio.
53)
E ele logo percebeu que precisava de uma nova parceria. “Eu
tinha dificuldade de lidar com a parte financeira do negócio.
54)
Falei com a Patty Pachas, uma amiga que tinha largado o
jornalismo para trabalhar na área comercial, e a convidei para assumir essa parte
na Panda. Encontrar alguém para me completar em assuntos dos quais eu não
entendia foi a decisão mais acertada para o negócio”.
55)
Um pouco depois, a nova dupla chamou Tatiana Fulas para
cuidar dos editais para escolas.
56)
Hoje, é Tatiana quem também cuida dos livros na etapa em que
vão para a gráfica.
57)
Com essa configuração, Marcelo ficou livre para fazer o
que mais gosta: convidar autores, ter ideias para títulos e buscar
oportunidades de temas a serem cobertos.
58)
Os três continuam juntos e, atualmente, coordenam um time de
13 pessoas na sede da editora, em um andar de um prédio no bairro de Pinheiros,
em São Paulo.
59)
No início da Panda. Com uma equipe inicial reduzida, a rotina
de Marcelo envolvia um pouco de tudo: atender a porta, subir escada com caixa
de livros, carregar o porta-malas. “Eu costumava deixar uma camiseta extra no
escritório por que eu acabava o dia todo suado.”
60)
Para quem era diretor de redação em uma grande editora,
foi uma grande alteração de rotina. Marcelo conta que a dinâmica mudou tanto que,
no primeiro ano empreendendo, ele simplesmente esqueceu de pagar o IPVA. “Eu
brincava dizendo que, na Abril, nem apontar os lápis eu precisava. Era muito
mal acostumado”.
61)
Ele ainda teria
muitas dificuldades com o novo negócio, mas a mudança
de vida também trouxe vantagens: “Eu morava perto da
editora, organizava meus horários e não tinha ninguém no meu pé me pressionando
a conseguir milhões. Eu trabalhava mais, mas me cansava menos”.
62)
Depois de um ano, a revista digital para médicos, que era o
produto mais rentável, começou a dar sinais de que não seria mais um bom
investimento.
63)
A decisão dos sócios, então, foi focar nos livros. “Os
primeiros títulos foram bons de venda, o que fez a gente se capitalizar.
Depois, erramos com alguns, que esgotavam na primeira edição”, conta ele, que
se questionava sobre o que estava fazendo.
64)
“Eu me perguntava: ‘o que
estou fazendo aqui? Quero voltar para o meu emprego e ver meu salário
cair na conta’. Por pouco não desisti”.
65)
O que o fez continuar foi o compromisso com os autores que
publicava. “Convenci o cara a publicar um livro, como falar para ele desistir?”
Para pagar as despesas, Marcelo contava com as vendas do Guia e,
pelo menos inicialmente, decidiu manter a distribuição com
a Companhia das Letras — até que a Panda Books estivesse mais
estruturada.
66)
Aos poucos, a editora encontrou seu caminho. Hoje
consolidada, a Panda Books tem um portfólio com quase 500 títulos nas
categorias infantojuvenil, futebol, educação, jornalismo, gastronomia e saúde,
entre outras.
67)
Em 2015, a editora faturou 5 milhões de reais.
68)
Alguns dos títulos de maior sucesso de vendas são Tudo Bem Ser
Diferente, do californiano Todd Parr, o Doce Veneno do
Escorpião, de Bruna Surfistinha, além do próprio almanaque, que
hoje integra o portfólio da editora.
69)
Em 2015, ano em que completou 20 anos, o Guia ganhou
uma edição comemorativa com capa dura (à venda por 65,90 reais na Panda Books).
70)
A curiosidade sempre rondou a vida de Marcelo. A inspiração
para seguir o jornalismo veio de uma prima de seu pai, que viajava bastante por
conta da profissão e enviava cartões postais dos lugares mais inusitados.
71)
Mas, conta ele, o início da carreira foi difícil.
Tímido e quieto, Marcelo conta que precisou perder algumas “travas”,
especialmente para ganhar confiança e mais “cara de pau”. Ele conta, aos risos,
que uma vez foi convidado para o programa Roda Viva, da TV Cultura, e não
conseguiu fazer sequer uma perguntinha que fosse ao entrevistado (Carlos
Miguel Aidar, então presidente do São Paulo).
72)
Hoje, fazer perguntas é o que move sua carreira e virou sua
marca registrada.
73)
Um dos projetos de que Marcelo mais se orgulha de ter criado
é a página Curiocidade, do Jornal da Tarde. “Foi um prazer enorme fazer a coluna, hoje
em dia eu vou a alguns restaurantes e encontro a página emoldurada, de quando o
local saiu no jornal”.
74)
Com o fim do JT, o material se transformou em uma coluna no Divirta-se,
suplemento do jornal O Estado de S.Paulo.
75)
Atualmente, Marcelo apresenta os programas “Você é
Curioso?” e “Manhã Bandeirantes”, na rádio Bandeirantes, além do “É Brasil que
não acaba mais”, na BandNews FM.
76)
Ele destaca ainda como projetos paralelos a série de
figurinhas que fez para o chocolate Surpresa, da Nestlé, em 2000, e vários
jogos de tabuleiro para a Grow, entre 1997 e 2002, como Perfil 3, Tira-Teima,
Master Júnior, entre outros.
77)
Marcelo tem um site, o Guia dos
Curiosos, dois blogs — Blog do Curioso e São Paulo para Curiosos —, além de uma página no Facebook com mais de
260 mil curtidas. “Tem uma pessoa que cuida da página do Facebook e também
conto com ajuda para os outros canais. Não atualizo tudo diariamente, mas
recebo muita informação e fico naquele ‘formigamento’ quando vejo que é algo
que ninguém ainda deu”.
78)
O Google, hoje, é um aliado nas buscas,
mas Marcelo não descarta entrevistas e outras pesquisas – até por
que, como conta, seu objetivo é publicar o que ainda não está no Google ou
procurar alguma novidade dentro de um tema já muito falado. “Eu me obrigo a ler
de tudo, por que tudo é referência na hora em que estou criando uma sinopse, um
trabalho. É um trabalho árduo”.
79)
Para dar conta da jornada dupla (ou tripla), o trabalho
costuma varar a madrugada, fins de semana e, muitas vezes, até as férias são
desculpa para descobrir uma curiosidade local. Para dar conta de tudo, ele
diz que é muito organizado com horário.
80)
Hoje estabilizado como empreendedor de si mesmo, e tendo
tornado a curiosidade uma “grife”, Marcelo está satisfeito com a virada na
carreira.
81)
“Se eu não fosse jornalista, seria uma pessoa triste.
Queria gostar menos do que faço, porque ser assim o tempo todo cansa demais.
Mas não posso reclamar, o jornalismo me fez viajar muito, cobrir Copa do Mundo
e Olimpíadas.
82)
E digo que a Panda é uma editora com olhar jornalístico. A
gente tem aqui pessoas de faixas etárias diferentes, ouvimos sugestões o tempo
todo”, diz o eterno curioso.
83)
Ficha
da Editora Panda: Panda Books, O que faz: edita livros
Sócio(s): Marcelo Duarte, Patty Pachas e Tatiana Fulas, Nº de Funcionários: 13, Sede: São Paulo, Início das
atividades: 1999
Investimento inicial: R$ 100.000, Faturamento: R$ 5 milhões (em 2015),
Contato: edoriginal@pandabooks.com.br
84)
Foi
o criador da revista AÇÃO GAMES e colaborou em diversas revistas, como Próxima
Viagem, Sexy e Set.
85)
Os
jornalistas Marcelo Duarte e Maiara Bastianello comandam “É Brasil Que não Acaba
Mais”. Com uma hora de duração, o programa tem reportagens com personagens,
histórias, valores, culturas e sotaques de todo o país.
86)
Marcelo Duarte começou a trabalhar como jornalista em 1984 na Editora Abril.
87)
Marcelo Duarte nasceu em São Paulo (SP), no dia de Halloween (31 de
outubro de 1964).
88)
Foi
diretor de redação da Revista dos Curiosos, que circulou entre março de 2002 e
abril de 2003, por uma editora que ele nem gosta de “lembrar o nome”.
89)
A Arca dos Bichos (foi
ilustrado por Laerte Coutinho,
Cia. das Letrinhas, 1999).
90)
Trabalhou
nas Olimpíadas de
Pequim, em 2008, quando apresentou o
quadro "Pequim de A a Z", com curiosidades sobre Pequim e
os Jogos Olímpicos.
91)
Trabalhou
na Revista Placar -
1984 a 1988 - estagiário, repórter, repórter especial, editor, editor especial
e redator-chefe,
96)
Trabalha no Você É Curioso? - Rádio Bandeirantes São Paulo (a
partir de 2001),
97)
Trabalha no Manhã
Bandeirantes - Rádio Bandeirantes São Paulo (a
partir de 13/04/2015),
98)
Trabalha no É
Brasil Que Não Acaba Mais - BandNews
FM (a partir de 2008),
99)
Trabalha no É São
Paulo Que Não Acaba Mais - BandNews
FM.
100) Marcelo Duarte já publicou 20 livros.
100) Marcelo Duarte já publicou 20 livros.




























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