BIG
BOY
1)
Big
Boy, pseudônimo de Newton Alvarenga Duarte (Rio de Janeiro, 1 de junho de 1943 — São Paulo, 7 de março de 1977), foi o mais
importante disc jockey de sua época.
2)
Big
Boy, foi o responsável por uma verdadeira revolução no rádio brasileiro.
3)
Como locutor,
introduziu uma linguagem jovem, mais próxima do público que o ouvia.
4)
Seu
"hello crazy people!", a maneira irreverente como saudava os
ouvintes, tornou-se marca registrada de um estilo próprio, descontraído,
diferente da voz impostada dos locutores de então.
5)
Como
programador, demonstrou extrema sensibilidade ao captar o gosto do público,
observando as tendências musicais ao redor do mundo e inovando a partir de
ideias que modificariam todo um sistema de programação estabelecido.
6)
Apaixonado
por música desde a infância, ainda adolescente iniciou uma coleção de música pop que
chegou a 20 mil discos.
7)
Manifestou
preferência pelo rock and roll, o então novo ritmo americano que
conquistou os jovens no mundo todo.
8)
Também
costumava "peregrinar" na Rádio Tamoio do Rio de
Janeiro.
9)
A
Rádio Tamoio do Rio de
Janeiro, apresentava a programação mais atualizada na época.
10)
Big
Boy, procurou manter contato com os programadores e outros aficionados por rock
em busca de informações e de uma oportunidade profissional - seu sonho desde
então que procurou alcançar com obstinação.
11)
A
oportunidade finalmente surgiu quando foi convidado para substituir um
programador que entrara em férias.
12)
No
ano Seguinte foi convidado para participar de uma bem-sucedida tentativa de
reformulação da Rádio Mundial AM.
13)
A
Rádio Mundial AM, que se
tornaria a rádio de maior audiência entre o público jovem do Rio de Janeiro.
14)
Assim,
não hesitou em interromper a carreira de professor de geografia[2] para
tornar-se radialista.
15)
Foi
ali que iniciou sua atuação como DJ.
16)
Foi
na Rádio undial que ganhou o apelido de BIG BOY.
17)
Criou
o estilo inconfundível que continua até hoje influenciando locutores -
inclusive das modernas rádios FM.
18)
As
programações das Rádios FM de hoje, muitas vezes ainda seguem os moldes de seus
programas.
19)
Com
sua voz alegre e postura informal, complementava as músicas que tocava com
informações "quentes" sobre o mundo do disco.
20)
Ele
impunha uma dinâmica irresistível ao programa; tudo isso sem perder o jeito de
fã dos artistas, o que o aproximava ainda mais dos ouvintes.
21)
Um
fato interessante é que, no início de sua carreira como DJ, a sua real
identidade (Newton Alvarenga) não era conhecida dos ouvintes, nem de seus
colegas na Faculdade Nacional de Filosofia (atual UFRJ) e dos alunos no Colégio
de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (antigo CAp/FNFi), onde
deu aulas.
22)
Um
dos alunos da turma CAP-66-B, fã do programa na Rádio Mundial, colocou nele o
apelido de "Big Boy", pois achou a voz parecida.
23)
Ao
final das aulas de avaliação, já aprovado, o Prof. Newton Alvarenga se
identificou como o próprio Big Boy, encerrando a fase de identidade secreta.
24)
Big
Boy também pode ser considerado o primeiro "profissional multimídia"
do show business brasileiro.
25)
Programador
e radialista eclético, diversificava sua atuação mantendo a ligação da paixão
pela música contemporânea nos seus
diversos segmentos e movimentos.
26)
Além
de manter dois programas diários na Rádio Mundial, Big
Boy Show e Ritmos de Boite, um na Rádio Excelsior de São Paulo e
um semanal especializado em Beatles, o Cavern Club, também na Mundial.
27)
Atuava
como programador, colunista em diversos jornais e revistas, produtor de discos
e DJ dos Bailes da Pesada.
28)
Os
Bailes da Pesada, onde mantinha um contato direto com o público que gostava
especialmente de soul e funk, principalmente
na Zona Norte do Rio de Janeiro.
29)
Na televisão,
inovou ao apresentar em sua participação diária no Jornal Hoje
da TV Globo,
pela primeira vez, film clips com
músicas de sucesso do momento.
30)
Em
seu programa Papo Pop, na TV Record de SP, lançou grupos brasileiros
de vanguarda.
31)
Foi
também o responsável pela implantação do projeto Eldo Pop,
no início das transmissões em FM no
Brasil.
32)
A
lendária e antiga rádio Eldorado FM, especializada em rock
progressivo, visava contemplar um público restrito mas altamente
especializado em seu gosto musical e que encontrava ali um veículo de expressão
da autêntica música de vanguarda.
33)
Chegou
a participar como ele mesmo da novela cômica Linguinha,
ao lado do humorista Chico Anysio (TV Globo - 1970).
34)
Ao
longo de toda sua vida profissional, Big Boy continuou ampliando sua coleção de
discos.
35)
Foi
o primeiro DJ a executar, num programa de rádio, a música Let It Be, dos Beatles, isso nos idos do ano de
1970.
36)
Em
diversas viagens a outros países apurou seu acervo, buscando raridades como
"discos piratas" de tiragens limitadíssimas.
37)
Ao
morrer havia juntado cerca de 20 mil títulos, entre LPs e compactos, na maioria
importados, que abrangem diversos gêneros musicais como rock, jazz, soul music, rock
progressivo, música francesa, trilhas
sonoras de filmes, orquestrais, etc.
38)
Como
um todo, a discoteca Big Boy constitui-se num acervo cultural importantíssimo,
pois retrata vários períodos do cenário discográfico mundial e, mais do que uma
coleção, trata-se da síntese do trabalho de um profissional que ousou inovar.
39)
Conseguiu,
através de um amigo, adentrar num dos estúdios de gravação da
"Apple", onde ensaiavam ainda o sucesso inédito e com um mini
gravador escondido sob a roupa, gravou o pré-lançamento. Ao ser descoberta a
trama, conseguiu evadir-se do local, trazendo consigo a fita já gravada e a
exibiu num de seus programas logo depois, em primeiríssima mão no mundo, na
Rádio Mundial do Rio de Janeiro.
40)
Estes
são LPs onde Big Boy selecionava o repertório e gravava locuções e vinhetas que
eram mixadas às faixas, recriando uma parte do repertório tocado
nos Bailes da Pesada: Baile da Pesada (Top Tape, 1970); Big Baile (Top Tape, 1971); Baile da
Cueca (CID Entertainment, 1972); The Big Boy
Show (RCA, 1974).
41)
No
álbum Big Baile afirma-se que Big Boy era artista exclusivo da Top Tape.
42)
O
álbum Baile da Cueca trazia como brinde uma cueca no encarte do LP.
43)
O
ator norte-americano Jack Black é bastante parecido com Big
Boy. Não bastasse isso, o filme Escola_de_Rock,
que teve o ator como protagonista e autor e músico de algumas músicas da
trilha, tem um estado de espírito bastante próximo ao que foi a rádio Eldo Pop,
priorizando o rock clássico e a música soul.
44)
Existe
um documentário sobre Big Boy: The Big Boy Show, Gênero: Documentário,
Subgênero: Biografia
Diretor: Claudio Dager, Leandro
Petersen, Elenco: Carlos
Townsend, Dr. Silvana, João
Pecegueiro Do Amaral, Newton Duarte,
Duração: 20 min, Ano: 2004, Formato: Vídeo
País: Brasil Local de Produção: RJ, Cor: Colorido, Sinopse: Gravações antigas, fotografias, videografismo e depoimentos de profissionais de rádio contam a trajetória profissional do radialista Big Boy. A revolução da linguagem radiofônica, a criação do Baile da Pesada e o garimpo musical de Big Boy pelo mundo afora são exemplos do dinamismo desse personagem que, nos anos 60 e 70, viveu à frente de seu tempo.
País: Brasil Local de Produção: RJ, Cor: Colorido, Sinopse: Gravações antigas, fotografias, videografismo e depoimentos de profissionais de rádio contam a trajetória profissional do radialista Big Boy. A revolução da linguagem radiofônica, a criação do Baile da Pesada e o garimpo musical de Big Boy pelo mundo afora são exemplos do dinamismo desse personagem que, nos anos 60 e 70, viveu à frente de seu tempo.
45)
Newton
era apaixonado por música, ou melhor, pelo rock e pelas novidades que estavam
surgindo nos anos 1960. Tanto que, ainda muito menino, ia escondido dos pais do
Rio para São Paulo para comprar discos que apareciam primeiro por lá. Na época,
eram LPs e singles de bandas estrangeiras. Aos amigos que viajavam para o
exterior, ele fazia encomendas especiais.
46)
A
paixão de Newton, desde criança, era ouvir o programa 'Hoje é Dia de Rock', de
Jair de Taumaturgo, na Rádio Mayrink Veiga, a PRA-9, e ouvir, na faixa de Ondas
Curtas (OC) famosos apresentadores do rádio norte-americanos.
47)
Com
a colaboração da professora da Faculdade de Comunicação da PUC-RJ Rose
Esquenazi, o quadro 'O rádio faz história' do programa Todas as
Vozes mostra que Big Boy fazia a programação da Rádio Mundial, de segunda
a sexta, para atender ao gosto do público.
48)
O
programa preferido dele era o Cavern Club, que apresentava no início das noites
de sábado. O programa era totalmente voltado para as músicas e informações
sobre os Beatles.
49)
Multimídia
antes que o termo fosse batizado, ele foi radialista, DJ, apresentador de TV e
jornalista, sempre um passinho à frente do seu tempo em cada uma dessas
atividades.
50)
Falava
de Led Zeppelin, tocava soul e funk, selecionava rock progressivo e os
primórdios da eletrônica, e escrevia sobre tudo isso com maestria.
51)
Morto
em 1977, de infarto, aos 33 anos, após um ataque de asma, num hotel em São
Paulo, ele subverte a ideia de que saudade não tem idade e reaparece agora com
uma página no Facebook em sua homenagem, justamente no mês em que completaria
70 anos.
52)
Criada
pela ex-mulher, a professora universitária Lúcia Duarte, e por um dos seus
filhos, o produtor de televisão e também DJ Leandro Petersen, a página abre ao
público, pela primeira vez, o precioso arquivo de Big Boy.
53)
Ele
fazia de forma brilhante o dever de todo DJ, que é apresentar novidades — conta
Fernanda Abreu.
54)
Nos
primórdios da FM no país, ele assinou a programação da rádio Eldo Pop, do
Sistema Globo de Rádio.
55)
Na
Eldo Pop, colocou no ar grupos de rock dos mais variados estilos,
principalmente do chamado som progressivo, abrindo espaço também para pioneiros
da eletrônica, como Kraftwerk e Tangerine Dream.
56)
—
Tenho plena convicção de que, se ele não tivesse partido tão cedo, a música no
Brasil teria uma outra dimensão — afirma o radialista, DJ e jornalista Maurício
Valladares, discípulo assumido de Big Boy.
57)
Com
aquele ar de Chacrinha e a quantidade de informação que possuía, ele deixou
conquistas que só hoje estão sendo entendidas.
58)
Nos
primórdios da FM no país, ele assinou a programação da rádio Eldo Pop, do
Sistema Globo de Rádio.
59)
Em
1973, em um dos incêndios da Tv Globo-Rio Ele apareceu com uma cueca na cabeça
e com um extintor no jardim da Tv Globo, e fazendo sua participação no
telejornal HOJE, apresentava ao público do Brasil o último disco do Led
Zeppelin (Houses of the Holy), (1973).
60)
Big
Boy morreu no famoso Hotel HILTON de são Paulo.
61)
Na
televisão, inovou ao apresentar em sua participação diária no Jornal Hoje da TV
Globo.
62)
Mas,
na real é que todo mundo que gosta de música alternativa nesse país deve um
pouco a Newton Duarte, vulgo Big Boy. Jornalista, DJ, apresentador de tv,
produtor cultural e professor geografia (!!), Big Boy foi uma das grandes
figuras da cultura pop brasileira nas décadas de 1960 e 1970, responsável por
introduzir nas ondas da rádio Mundial AM – e no gosto de milhares de ouvintes –
o que de melhor havia em matéria de pop, rock, soul e funk em qualquer parte do
mundo.
63)
Big
Boy foi o primeiro DJ brasileiro a tocar Sgt. Pepper’s
64)
Em
1967, o radialista estava em Londres, tentando entrevistar os Beatles. Passou
quatro dias em frente ao escritório da Apple, debaixo de neve, sem conseguir
nada. No último dia, esbarrou com com Paul McCartney em pessoa, que
não concedeu entrevista, mas ofereceu ao brasileiro a oportunidade de entrar
para o seleto grupo de jornalistas que faziam parte do mailing da gravadora dos
Beatles. Resultado: Big Boy foi uma das primeiros pessoas no mundo – e a
primeira no Brasil – a receber uma cópia de Sgt. Pepper’s antes do
lançamento oficial do álbum.
65)
Fez
questão de dividir a honra com seus ouvintes, tocando o disco na íntegra em seu
programa Cavern Club, dedicado aos Fab Four.
66)
Big
Boy escreveu o texto da contracapa do LP San Remo 68, de Roberto Carlos.
67)
Apesar
de antenado com as novidades da gringa, Big Boy também se ligava em música
brasileira.
68)
Big
Boy introduziu rock progressivo e música eletrônica nas ondas do rádio.
69)
Big
Boy foi uma espécie de ghost DJ quando dirigiu a programação da rádio
Eldo Pop, a partir de 1971.
70)
Como
a emissora não tinha locutores, o radialista tinha anonimato e carta branca
garantidos para tocar o que quisesse.
71)
Aproveitou
a oportunidade para introduzir no dial brazuca todos os sons “difíceis” e
experimentais que não podia tocar na Mundial. Essa categoria incluía rock
progressivo (Van Der Graaff Generator era um dos favoritos), jazz, música
francesa, hard rock, blues e os principais nomes da então nascente cena de
música eletrônica alemã, como Kraftwerk e Tangerine Dream: as faixas sucediam
umas às outras, sem qualquer informação sobre os artistas
72)
A
Eldo Pop ganhou uma audiência fiel e foi responsável direta pela educação
musical de uma geração.
73)
Big
Boy criou os famosos Bailes da Pesada, que comandava ao lado do bróder Ademir
Barbosa na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em suas discotecagens, aproveitava
para mostrar em primeira mão as últimas novidades do soul e do funk.
Consta que a primeira vez que se ouviu falar em James Brown no
Brasil foi graças à Big Boy e seus Bailes.
74)
Big
Boy foi capa da primeira edição da Rolling Stone Brasil. Na estreia da versão
pirata da famosa revista americana, não deu rockstar nenhum: foi o DJ Big Boy o
primeiro a estampar a capa da Rolling Stone brazuca, em fevereiro de 1972. Aos
28 anos de idade, o radialista concedeu uma entrevista longa ao jornalista Joel
Macedo, onde fez uma retrospectiva de sua carreira até então.
75)
“Eu
só queria que as pessoas me respeitassem por tudo que eu fiz.
76)
Eu
me comparo assim, ao Elvis Presley viu, eu acho que eu fui pra juventude do Rio
mais ou menos o que o Elvis Presley foi pros Estados Unidos e eu queria ser
respeitado por isso”
77)
Para
os mais velhos, uma lembrança e para os jovens uma aula de HISTÓRIAL MUSICAL,
de uma pessoa que infelizmente partiu muito cedo, aos 33 anos, mas o tempo que
ficou aqui entre nós, marcou significativamente nossas vidas.
78)
No
início de 1966, após um breve estágio onde cobriu as férias de um programador,
foi contratado pela da Rádio Tamoio
79)
Em
1967 é contratado pela Rádio Mundial, 860 AM, nova aquisição do grupo O Globo,
cujo o comando de restruturação havia sido entregue ao jornalista e poeta
Reynaldo Jardim.
80)
Nos
primórdios do processo de segmentação do mercado midiático a 'Superquente
Mundial' investe no público jovem e inclui em sua programação, entre outra
inovações, programas temáticos de curta duração, entre os quais o “Programa Big
Boy”, dedicado a talentos da música pop internacional que haviam estourado nas
paradas mas ainda não tinham uma carreira consolidada.
81)
A
produção era de responsabilidade de Newton, que não se conformava com a locução
formal e Newton definitivamente não tinha o perfil de um candidato à vaga de
locutor, para os padrões da época. E, como ele mesmo admitiu em uma
auto-crítica publicada anos mais tarde, sua estreia foi desastrosa: “Ficou meio
canastrão. Tentei impostar a voz...” Mas encarava o desafio como uma preciosa
oportunidade de exercer aquilo que realmente tinha prazer em fazer: falar sobre
música. A louca sonoplastia servia para dar o tom, mas seu maior trunfo era a
qualidade dos programas que produzia, que só tocavam músicas de sua discoteca
pessoal.
82)
Impostada
aos locutores da época, que ele achava não combinar com o estilo das músicas
veiculadas no programa. Reynaldo então sugeriu que o próprio Newton assumisse o
microfone. "Big Boy é você!", teria dito.
83)
Newton
Duarte, Apostava nele para a expansão do público da rádio. Tímido, asmático e
dono de uma voz rascante, E em poucas semanas o programa já era líder de
audiência entre os jovens. Surgia o Big Boy, personagem que se transformaria no
grande arauto das novidades do panorama da música popular mundial e que
tornou-se uma das personalidades mais marcantes do rádio brasileiro,
responsável por uma verdadeira revolução no estilo de comunicação com o público
jovem.
84)
E
assim, por mais de uma década o “lunático-embrasado-elétrico apresentador da
Superquente Mundial” começava a locução de seu programa Big Boy Show
transmitido de segunda à sexta-feira inicialmente da 15 às 16 horas e depois
das 18 às 19 horas.
85)
Aos
sábados, no mesmo horário, comandava o Cavern Club, integralmente dedicado aos
Beatles.
86)
Em
seguida passou a apresentar também o 'Ritmos de Boite', que ia ao ar de dez às
onze da noite e onde inovou mais uma vez ao tocar “músicas agitadas” em um
horário onde antes era permitido apenas música erudita ou 'lounge music'.
87)
Em
1 de junho de 1967, dia de seu aniversário, Big Boy ganhou absoluta notoriedade
entre a juventude carioca ao executar na íntegra, em lançamento simultâneo no
Brasil e na Inglaterra, o álbum 'divisor de águas' da música pop internacional
Sargeant Peppers Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. O acontecimento ficou
marcado na história do rádio brasileiro e serviu para consagrá-lo
definitivamente como disc-jockey.
88)
Em
1970, expande sua atuação e passa a assinar em O Globo a coluna especializada
em música 'Top Jovem',
89)
Também
em 1970, foi procurado pelo amigo Ademir Lemos, então discotecário da badalada
boite carioca Le Bateau, com a ideia de criar um evento voltado para o público
adolescente que não podia frequentar as boites noturnas.
90)
Em
1970, surge o Baile da Pesada do Canecão, evento que passa a lotar a
tradicional choperia da zona sul carioca em efervescentes tardes de sábado com
cinco mil jovens dançando animadamente ao som da música pop internacional.
91)
Inovação
na inovação, antes e durante as apresentações da dupla de DJs o público podia
assistir ainda a projeções de film-clips internacionais (os precursores dos
videoclipes atuais, produzidos em película de 16mm) da coleção de Big Boy com
grandes astros e bandas de rock.
92)
Com
a bem-sucedida aventura no Canecão os bailes ganharam caráter itinerante e Big
Boy, agora sem Ademir, monta sua própria equipe de som e se apresenta em
concorridos bailes nos subúrbios cariocas que reuniam uma legião de seguidores.
Os Bailes da Pesada chegaram a mais de 300 edições e contribuíram para a
disseminação de outras equipes de som e para propagação dos ritmos da chamada
Black Music no Brasil.
93)
Em
uma outra investida Big Boy lança discos, LPs, com coletâneas de músicas onde
ele selecionava o repertório e gravava locuções e vinhetas que eram mixadas às
faixas. Recriava assim o ambiente de seus programas no rádio e disponibilizava
uma parte do repertório tocado nas festas.
94)
Em
1971 é contratado pela TV Globo para integrar o Jornal Hoje como repórter
especial falando sobre música internacional e entrevistando artistas da música
popular brasileira. Também exibia ali film-clips de seu acervo pessoal, muitos
deles ainda inéditos no Brasil, que faziam enorme sucesso.
95)
Em
maio de 1972, casa-se com Lúcia Maria, com quem vem a ter dois filhos.
96)
Durante
a lua-de-mel, é apresentado a James Brown, após assisti-lo em um show no
Olympia, em Paris.
97)
O
encontro também resultou na vinda do king of the soul ao Brasil em 1974 para
uma apresentação no Canecão.
98)
Em
Julho, é contratado como produtor musical pela gravadora Odeon.
99)
Em
Julho, estreia seu novo programa semanal na TV Globo, Hello Crazy People!, onde
apresentava as novidades musicais do momento.
100)
Em
1973 Big Boy assumiu a direção artística da rádio Eldorado FM, do Sistema Globo
de Rádio, uma das primeiras emissoras em FM no Brasil.























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