NELSON
RODRIGUES
1) Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 1912 — Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980) foi um teatrólogo, jornalista, romancista, folhetinista e cronista de costumes e de futebol brasileiro.
1) Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 1912 — Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980) foi um teatrólogo, jornalista, romancista, folhetinista e cronista de costumes e de futebol brasileiro.
5)
Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou
uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade.
6)
Sua primeira peça foi A Mulher
sem Pecado, que lhe deu os primeiros
sinais de prestígio dentro do cenário teatral.
7)
O sucesso veio com Vestido de Noiva, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos
brasileiros.
8)
Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e
alucinação construíam a história da protagonista Alaíde), as inovações
estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro.
9)
A consagração se seguiria com vários outros sucessos,
transformando-o no maior dramaturgo brasileiro do século XX, apesar de suas obras
terem sido, quando lançadas, tachadas por críticos como "obscenas",
"imorais" e "vulgares".
10)
Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando
transparecer toda a sua paixão por futebol.
12)
Chegou a apoiar o Regime Militar
Brasileiro e elogiar o governo
do presidente General Emilio Garrastazu Medici.
14)
Nelson revisou seus posicionamentos e militou pela anistia
"ampla, geral e irrestrita" aos presos políticos.
15)
“Sou um menino que vê o amor pelo
buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino.
E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e
sempre fui) um anjo pornográfico (desde menino)”. - Nelson Rodrigues (1912-1980).
18)
Seu pai, o ex-deputado
federal e jornalista Mário Rodrigues, perseguido politicamente,
resolveu estabelecer-se na então capital federal em julho de 1916, empregando-se no
jornal Correio da Manhã,
de propriedade de Edmundo Bittencourt.
19)
Segundo o próprio Nelson em suas Memórias, seu grande laboratório e
inspiração foi a infância vivida na Zona Norte da cidade.
20)
Dos anos passados numa casa simples na rua Alegre, 135
(atual rua Almirante João Cândido Brasil), no bairro de Aldeia
Campista, saíram para suas crônicas e peças
teatrais as situações provocadas pela moral vigente na classe média dos
primeiros anos do século XX e suas tensões morais e
materiais.
21)
Sua infância foi
marcada por este clima e pela personalidade do garoto Nelson. Retraído, era um
leitor compulsivo de livros românticos do século XIX.
22)
Nesta época ocorreu também para Nelson a descoberta
do futebol,
uma paixão que conservaria por toda a vida e que lhe marcaria o estilo
literário.
23)
Na década de
1920, Mário Rodrigues fundou o jornal A Manhã, após romper com Edmundo Bittencourt.
24)
Seria no jornal do pai que Nélson começaria sua
carreira jornalística, na seção de polícia, com apenas treze anos de idade.
25)
Os relatos de crimes passionais e pactos de morte entre casais apaixonados incendiavam a
imaginação do adolescente romântico, que utilizaria muitas das histórias reais
que cobria em suas crônicas futuras.
26)
Neste período, a família Rodrigues conseguiria atingir
uma situação financeira confortável, mudando-se para o bairro de Copacabana,
então um arrabalde luxuoso da orla carioca.
27)
Apesar da bonança, Mário Rodrigues perderia o controle
acionário de A Manhã para
o sócio. Mas, em 1928,
com o providencial auxílio financeiro do vice-presidente Fernando de Melo Viana, Mário fundou o
diário Crítica.
28)
Como cronista esportivo, Nelson escreveu textos
antológicos sobre o Fluminense Football Club, clube para o
qual torcia fervorosamente.
29)
A maioria dos textos eram publicados no Jornal dos
Sports. Junto com seu irmão, o jornalista Mário Filho, Nelson foi fundamental para
que os Fla-Flu tivessem
conquistado o prestígio que conquistaram e se tornassem grandes clássicos do
futebol brasileiro.
30)
Nelson Rodrigues criou e evocava personagens fictícios
como Gravatinha e Sobrenatural de Almeida para
elaborar textos a respeito dos acontecimentos esportivos relacionados ao clube
do coração.
32)
Ali continuou a escrever na página de
polícia, enquanto Mário Filho cuidava dos esportes e Roberto, um
talentoso desenhista,
fazia as ilustrações. Crítica era um sucesso de
vendas, misturando uma cobertura política apaixonada com o relato
sensacionalista de crimes.
33)
Mas o jornal existiria por pouco
tempo. Em 26 de dezembro de 1929, a primeira página de Crítica trouxe o relato da separação do casal Sylvia Serafim e João Thibau Jr. Ilustrada por Roberto e
assinada pelo repórter Orestes Barbosa, a matéria
provocou uma tragédia.
34)
Sylvia, a esposa que se desquitara do
marido e cujo nome fora exposto na reportagem invadiu a redação de Crítica e atirou em Roberto com
uma arma comprada naquele dia. Nelson testemunhou o crime e a agonia do irmão,
que morreu dias depois.
35)
Mário Rodrigues, deprimido com a perda do filho,
faleceu poucos meses depois. Sylvia, apoiada pelas sufragistas e por boa parte
da imprensa concorrente de Crítica,
foi absolvida do crime.
36)
Finalmente, durante a Revolução de 30, a gráfica e a redação de Crítica são empastelados e o
jornal deixa de existir.
39)
Pouco afinados com o novo regime,
os Rodrigues demorariam anos para se recuperarem dos prejuízos causados
pela tuberculose.
40)
Ajudado por Mário Filho, amigo de Roberto
Marinho, Nélson passa a trabalhar no jornal O Globo, sem salário.
41)
Apenas em 1932 é que Nélson
seria efetivado como repórter no jornal. Pouco tempo depois, Nelson
descobriu-se tuberculoso.
42)
Para tratar-se, retira-se do Rio de Janeiro e passa
longas temporadas em um sanatório na cidade de Campos do Jordão.
43)
Seu tratamento é custeado por Marinho, que conquistou
a gratidão de Nélson pelo resto de sua vida.
44)
Recuperado, Nelson volta ao Rio e assume a seção
cultural de O Globo,
fazendo a crítica de ópera.
45)
No O
Globo, foi editor do suplemento O Globo Juvenil. Além de editar, Nelson roteirizou algumas histórias em quadrinhos para o
suplemento, dentre elas, uma versão de O fantasma de Canterville, de Oscar Wilde.
47)
A partir da década de
1940, Nelson dividiu-se entre o emprego em O Globo e a elaboração de peças
teatrais.
49)
Pouco tempo depois assinou a revolucionária Vestido de noiva, peça dirigida
por Zbigniew Ziembiński e que estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro com
estrondoso sucesso.
50)
O teatrólogo Nelson Rodrigues seria o
criador de uma sintaxe toda particular e inédita nos palcos brasileiros.
51)
Suas personagens trouxeram para a
ribalta expressões tipicamente cariocas e gírias da época, como
"batata!" e "você é cacete, mesmo!".
54)
Em O
Jornal, um dos veículos de propriedade de Assis Chateaubriand, começou a escrever seu
primeiro folhetim, Meu destino é
pecar, assinado pelo pseudônimo "Suzana Flag".
55)
O sucesso do folhetim alavancou as vendas de O Jornal e estimulou Nelson a
escrever sua terceira peça, Álbum
de família.
56)
Em fevereiro de 1946, o texto da peça foi
submetido à Censura Federal
e proibido. Álbum de família só
seria liberada em 1965.
57)
Em abril de 1948 estreou Anjo negro, peça que possibilitou a
Nelson adquirir uma casa no bairro do Andaraí e em 1949 Nelson
lançou Doroteia.
59)
No jornal, Nélson começou a escrever as crônicas
de A vida como ela é,
seu maior sucesso jornalístico.
60)
Na década seguinte, Nelson passou a trabalhar na
recém-fundada TV Globo, participando da bancada da Grande Resenha Esportiva Facit, a
primeira "mesa-redonda" sobre futebol da televisão brasileira e, em 1967, passou a publicar
suas Memórias no
mesmo jornal Correio da Manhã onde
seu pai trabalhou cinquenta anos antes.
61)
Nos anos 70,
consagrado como jornalista e teatrólogo, a saúde de Nélson começa a decair, por
causa de problemas gastroenterológicos e cardíacos de
que era portador. O período coincide com os anos da ditadura
militar, que Nelson sempre apoiou. Como cronista do jornal O Globo atacava
diversos oposicionistas do regime: chamava dom Hélder Câmara de falsário, ex-católico e
arcebispo vermelho.
63)
Uma vez que se encontrava em dificuldades financeiras,
achou no teatro uma possibilidade de sair da situação difícil em que estava.
Assim, escreveu "A mulher sem pecado…", sua primeira peça.
64)
Segundo algumas fontes, Nelson tinha o romance como
gênero literário favorito e suas peças seguiram essa predileção, pois as mesmas
são como romances em forma de texto teatral. Nelson é um originalíssimo
realista.
66)
De fato, a prosa de Nelson era realista e, tal como os
realistas do século XIX, ele criticou a sociedade e suas instituições,
sobretudo o casamento.
67)
Sendo esteticamente realista em pleno Modernismo,
Nelson não deixou de inovar tal como fizeram os modernos.
68)
O autor transpôs a tragédia grega para a sociedade
carioca do início do século XX, e dessa transposição surgiu a "tragédia
carioca", com as mesmas regras daquela, mas com um tom contemporâneo.
69)
O erotismo está muito presente na obra de Nelson
Rodrigues, o que lhe garante o título de realista. Nelson não hesitou em
denunciar a sordidez da sociedade tal como o fez Eça de Queirós em suas obras.
Esse erotismo realista de Nelson teve sua gênese em obras do século XIX, como
"O Primo Basílio", e se desenvolveu grandemente na obra do autor
pernambucano.
70)
Em síntese, Nelson foi um grande escritor, dramaturgo
e cronista, e está imortalizado na literatura brasileira.
71)
O Cedoc –
Centro de Documentação da Funarte possui amplo acervo sobre o dramaturgo, como fotos de peças, programas das produções teatrais, resenhas e comentários sobre espetáculos teatrais, entre eles Vestido de Noiva, encenado pela primeira vez para um Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Boa parte dos registros fotográficos de peças do dramaturgo existentes no Cedoc foram feitos pelo Estúdio Foto Carlos, que, nas décadas de 40 a 80 e foram digitalizadas graças ao projeto Brasil Memória das Artes,
incluindo registros de raridades, como uma participação de Nelson Rodrigues como ator.
Centro de Documentação da Funarte possui amplo acervo sobre o dramaturgo, como fotos de peças, programas das produções teatrais, resenhas e comentários sobre espetáculos teatrais, entre eles Vestido de Noiva, encenado pela primeira vez para um Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Boa parte dos registros fotográficos de peças do dramaturgo existentes no Cedoc foram feitos pelo Estúdio Foto Carlos, que, nas décadas de 40 a 80 e foram digitalizadas graças ao projeto Brasil Memória das Artes,
incluindo registros de raridades, como uma participação de Nelson Rodrigues como ator.
74)
Sua edição completa abrange quatro
volumes, divididos segundo critérios do crítico Sábato Magaldi, que agrupou as
obras de acordo com suas características, dividindo-as em três grupos: Peças
psicológicas, Peças míticas e Tragédias cariocas. Assim, as peças seguem o
plano de publicação.
75)
Peças psicológicas: A mulher sem pecado; Vestido
de noiva; Valsa nº 6; Viúva, porém honesta e Anti-Nélson Rodrigues.
76)
Peças míticas: Álbum
de família; Anjo negro; Senhora dos Afogados e Doroteia.
77) Tragédias Cariocas I: A falecida; Perdoa-me por me traíres; Os sete gatinhos e Boca de ouro.
77) Tragédias Cariocas I: A falecida; Perdoa-me por me traíres; Os sete gatinhos e Boca de ouro.
78)
Tragédias Cariocas II: O beijo no asfalto; Bonitinha, mas Ordinária ou
Otto Lara Resende; Toda Nudez Será Castigada e A serpente.
79)
Estreias
das peças (todas no Rio de Janeiro): A mulher sem pecado - 1941 - Direção: Rodolfo Mayer; Vestido
de noiva - 1943 - Direção: Zbigniew Ziembiński; Álbum de família - 1946 - Direção: Kleber Santos; Anjo negro - 1947 - Direção: Zbigniew Ziembiński; Senhora dos Afogados - 1947 - Direção: Bibi Ferreira; Doroteia - 1949 -
Direção: Zbigniew Ziembiński; Valsa
nº 6 - 1951 - Direção: Milton
Rodrigues; A
falecida -
1953 - Direção: José Maria Monteiro; Perdoa-me por me traíres - 1957 - Direção: Léo Júsi; Viúva, porém honesta - 1957 - Direção: Willy Keller; Os sete gatinhos - 1958 - Direção: Willy Keller; Boca de ouro - 1959 - Direção: José Renato; O beijo no asfalto - 1960 - Direção: Vinícius Oliveira de paula la da pioneira; Bonitinha, mas ordinária - 1962 - Direção Martim Gonçalves; Toda nudez será castigada - 1965 - Direção: Zbigniew Ziembiński; Anti-Nélson Rodrigues - 1974 - Direção: Paulo César Pereio e A serpente - 1978 - Direção: Marcos Flaksman.
1953 - Direção: José Maria Monteiro; Perdoa-me por me traíres - 1957 - Direção: Léo Júsi; Viúva, porém honesta - 1957 - Direção: Willy Keller; Os sete gatinhos - 1958 - Direção: Willy Keller; Boca de ouro - 1959 - Direção: José Renato; O beijo no asfalto - 1960 - Direção: Vinícius Oliveira de paula la da pioneira; Bonitinha, mas ordinária - 1962 - Direção Martim Gonçalves; Toda nudez será castigada - 1965 - Direção: Zbigniew Ziembiński; Anti-Nélson Rodrigues - 1974 - Direção: Paulo César Pereio e A serpente - 1978 - Direção: Marcos Flaksman.
81)
Minha
vida – 1944; Núpcias de fogo – 1948; A mulher que amou
demais - 1949 (sob o pseudônimo de Myrna); O homem proibido – 1959; A mentira - 1953.
83)
Contos: Cem contos escolhidos -
A vida como ela é... – 1972; Elas
gostam de apanhar – 1974; A vida como ela é — O homem fiel e outros contos – 1992; A dama do lotação e outros
contos e crônicas – 1992 e A coroa de orquídeas – 1992.
84)
Crônicas: Memórias de Nélson
Rodrigues – 1967; O óbvio
ululante: primeiras confissões – 1968; A cabra vadia – 1970; O reacionário: memórias e
confissões – 1977; Fla-Flu...e as multidões despertaram – 1987;
O remador de Ben-Hur – 1992; A
cabra vadia - Novas confissões – 1992; A pátria sem chuteiras - Novas Crônicas de Futebol – 1992; A menina sem estrela - memórias –
1992; À sombra das chuteiras imortais -
Crônicas de Futebol – 1992; A mulher
do próximo – 1992; Nélson
Rodrigues, o Profeta Tricolor – 2002; O Berro impresso nas Manchetes –
2007 e O quadrúpede de vinte e oito
patas.
85)
Telenovelas: (Baseadas na obra de Nelson Rodrigues) - A morta sem espelho - TV Rio – 1963; Sonho de amor - TV Rio – 1964; O
desconhecido - TV Rio – 1964; O homem proibido - TV Globo – 1982; Meu Destino É Pecar - TV Globo – 1984; Engraçadinha... Seus Amores e
Seus Pecados - TV Globo – 1995 e A Vida Como Ela É - TV Globo - 1996.
Filmes: (Baseados na obra de Nelson Rodrigues) - Somos dois - 1950 - Direção: Milton Rodrigues; Meu destino é pecar - 1952 - Direção: Manuel Pelufo; Mulheres e milhões - 1961 - Direção: Jorge Ileli; Boca de ouro - 1963 - Direção: Nelson Pereira dos Santos; Meu nome é Pelé - 1963 - Direção: Carlos Hugo Christensen; Bonitinha mas ordinária - 1963 - Direção: J.P. de Carvalho; Asfalto selvagem - 1964 - Direção: J.B. Tanko; A Falecida - 1965 - Direção: Leon Hirszman; O beijo - 1966 - Direção: Flávio Tambellini; Engraçadinha depois dos trinta - 1966 - Direção: J.B. Tanko; Toda nudez será castigada - 1973 - Direção: Arnaldo Jabor; O casamento - 1975 - Direção: Arnaldo Jabor; A dama do lotação - 1978 - Direção: Neville d'Almeida; Os sete gatinhos - 1980 - Direção: Neville d'Almeida; O beijo no asfalto - 1980 - Direção: Bruno Barreto; Bonitinha mas Ordinária ou Otto Lara Rezende - 1981 - Direção: Braz Chediak; Álbum de família - 1981 - Direção: Braz Chediak; Engraçadinha - 1981 - Direção: Haroldo Marinho Barbosa; Perdoa-me por me traíres - 1983 - Direção: Braz Chediak; Boca de ouro - 1990 - Direção: Walter Avancini; Traição - 1998 - Direcão: Arthur Fontes, Cláudio Torres e José Henrique Fonseca; Gêmeas - 1999 - Direção: Andrucha Waddington; Vestido de noiva - 2006 - Direção de Joffre Rodrigues e Bonitinha mas Ordinária ou Otto Lara Rezende – 2009.
Filmes: (Baseados na obra de Nelson Rodrigues) - Somos dois - 1950 - Direção: Milton Rodrigues; Meu destino é pecar - 1952 - Direção: Manuel Pelufo; Mulheres e milhões - 1961 - Direção: Jorge Ileli; Boca de ouro - 1963 - Direção: Nelson Pereira dos Santos; Meu nome é Pelé - 1963 - Direção: Carlos Hugo Christensen; Bonitinha mas ordinária - 1963 - Direção: J.P. de Carvalho; Asfalto selvagem - 1964 - Direção: J.B. Tanko; A Falecida - 1965 - Direção: Leon Hirszman; O beijo - 1966 - Direção: Flávio Tambellini; Engraçadinha depois dos trinta - 1966 - Direção: J.B. Tanko; Toda nudez será castigada - 1973 - Direção: Arnaldo Jabor; O casamento - 1975 - Direção: Arnaldo Jabor; A dama do lotação - 1978 - Direção: Neville d'Almeida; Os sete gatinhos - 1980 - Direção: Neville d'Almeida; O beijo no asfalto - 1980 - Direção: Bruno Barreto; Bonitinha mas Ordinária ou Otto Lara Rezende - 1981 - Direção: Braz Chediak; Álbum de família - 1981 - Direção: Braz Chediak; Engraçadinha - 1981 - Direção: Haroldo Marinho Barbosa; Perdoa-me por me traíres - 1983 - Direção: Braz Chediak; Boca de ouro - 1990 - Direção: Walter Avancini; Traição - 1998 - Direcão: Arthur Fontes, Cláudio Torres e José Henrique Fonseca; Gêmeas - 1999 - Direção: Andrucha Waddington; Vestido de noiva - 2006 - Direção de Joffre Rodrigues e Bonitinha mas Ordinária ou Otto Lara Rezende – 2009.
86)
"Complexo
de vira-lata" é
uma expressão criada pelo dramaturgo e escritor brasileiro Nelson Rodrigues, a qual
originalmente se referia ao trauma sofrido pelos brasileiros em 1950, quando a Seleção Brasileira foi derrotada pela Seleção Uruguaia de Futebol na final da Copa do Mundo em pleno Maracanã. O Brasil só teria se
recuperado do choque (ao menos no campo futebolístico) em 1958, quando ganhou a Copa do Mundo pela primeira
vez. O fenômeno também é referido como vira-latismo ou viralatismo.
87)
A
ideia de que o povo brasileiro é inferior
a outros ou "degenerado" não é nova, e
data pelo menos do século XIX (quando por aqui
passou o conde francês Arthur de Gobineau, que em 1845, ao desembarcar no Rio de Janeiro, chamou os cariocas de verdadeiros macacos). No século XX, nas décadas de 20 e 30, várias correntes de
pensamento digladiavam-se quanto a origem desta suposta inferioridade. Alguns,
como Nina Rodrigues, Oliveira Viana e até
mesmo Monteiro Lobato, proclamavam que a miscigenação era a raiz de
todos os males e que a raça branca era superior
às demais.
88)
O conservadorismo no Brasil se
origina da tradição cultural e histórica do Brasil,
cujas raízes culturais são luso-ibéricas. Ele compartilha com suas
contrapartes estrangeiras a herança romana, a filosofia grega e sua
fundação no cristianismo.
Suas características mais particulares incluem a crença na centralização política, o catolicismo e o monarquismo. Embora a sociedade brasileira seja em grande
parte conservadora, poucos partidos políticos e entidades de caráter
assumidamente conservador existiram no Brasil, particularmente no período
da Nova República.
93)
Não
se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos. - Nélson Rodrigues (1912 – 1980).
94)
Autor da biografia de Nelson, “O
Anjo Pornográfico” (Companhia das Letras), o jornalista Ruy Castro revelou que
um casal do bairro carioca Aldeia Campista inspirou essa frase polêmica.
Segundo o biógrafo, a mulher - “enorme, mal encarada e de péssimo humor” -
tratava o marido – “raquítico, cardíaco e diabético” - de maneira agressiva,
sempre o humilhando na frente dos vizinhos. Até que um dia ele se cansou das
humilhações e deu uma sonora bofetada na cara da esposa, que caiu de joelhos
imediatamente e declarou “Meu amor, eu te amo”. Para Ruy, Nelson queria mostrar
com a frase polêmica que a mulher só ama um homem, quando o respeita.
95)
Nelson
costumava chegar tão desleixado ao trabalho que seus companheiros de redação o
apelidaram de “filósofo”.
96)
Ele escreveu a sua primeira peça
de teatro quando estava internado em Campos do Jordão, onde passou 4 anos, para
tratar uma tuberculose. A peça se chamava A Mulher Sem Pecado.
98)
Acredite
se quiser, mas Nelson começou a trabalhar como jornalista policial aos 13 anos
de idade.
99)
O
estádio do Maracanã foi batizado de Estádio Jornalista Mário Filho em homenagem
ao irmão de Nelson Rodrigues.
100)
Nelson faleceu numa manhã de domingo, em 1980, aos 68
anos de idade, de complicações cardíacas e respiratórias.
Foi enterrado no Cemitério São João Batista,
em Botafogo. No fim da
tarde daquele mesmo dia ele faria treze pontos na Loteria
Esportiva, num "bolão" com seu irmão Augusto e alguns
amigos de "O Globo".
Comentários
Postar um comentário