FRANCISCO MATARAZZO


1)   Francesco Antonio Maria Matarazzo (Castellabate9 de março de 1854 — São Paulo10 de dezembro de 1937) foi um empresário ítalo-brasileiro.


2)   italiano que, em 1881, emigrou para o Império do Brasil (1822-1889), tornando-se, no Brasil.


3)   Ele foi agricultor e mascate e, posteriormente, empresário


4)   Matarazzo morreu na condição de dono do maior complexo industrial da América Latina do início do século XX, e de homem mais rico do Brasil.


5)   Sua fortuna quando morreu era estimada em vinte bilhões de dólares americanos


6)   A riqueza produzida por suas indústrias ultrapassava o PIB de qualquer estado brasileiro, exceto São Paulo.


7)   Ele se tornou-se conhecido no Brasil como Francisco Matarazzo, conde Francisco Matarazzo, conde Matarazzo ou ainda conde Francesco.


8)   Em italiano, sua titulação completa era Don Francesco Antonio Maria, Il Molto A importância de Francesco Matarazzo para o cenário econômico do Brasil só é Onorevole Conte Matarazzo.


9)   Sua condição foi comparável à que teve o visconde de Mauá no Segundo Reinado do Império brasileiro (1822-1889), tendo sido um dos marcos da modernização do país.


10)         Nasceu em Castellabate, uma pequena vila do sul da Itália.


11)         Ele era filho de Costabile Matarazzo e Mariangela Jovane, agricultores na região da Campânia.


12)         Francesco aos 27 anos emigra para o Império do Brasil (1822-1889), em 1881, em busca de melhores condições de vida.


13)         No desembarque, na Baía de Guanabara, perde a carga de banha de porco que trazia.


14)         Com o pouco dinheiro que lhe sobra se estabelece na cidade de Sorocabaprovíncia de São Paulo, no comércio de secos e molhados. Alguns anos depois estabelece uma empresa de produção e comércio de banha de porco.


15)         Em 1890, muda-se para São Paulo e funda, com os irmãos Giuseppe e Luigi, a empresa Matarazzo & Irmãos. Diversifica seus negócios e começa a importar farinha de trigo dos Estados Unidos. Giuseppe participava da empresa com uma fábrica de banha estabelecida em Porto Alegre e Luigi com um depósito-armazém estabelecido na cidade de São Paulo.


16)         No ano seguinte, a empresa foi dissolvida e constituiu-se em seu lugar a Companhia Matarazzo S.A. que já conta com 41 acionistas minoritários. Essa sociedade anônima passa a controlar também as fábricas de Sorocaba e Porto Alegre.


17)         Em 1900, a guerra entre a Espanha e os países centro-americanos dificulta a compra do produto e ele consegue crédito do London and Brazilian Bank para construir um moinho na cidade de São Paulo. A partir daí, seu império empresarial se expande rapidamente, chegando a reunir 365 fábricas por todo o Brasil. A renda bruta do conglomerado chegou a ser a quarta maior do país, e 6% da população paulistana depende de suas fábricas, que, em 1911, passam a se chamar Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM), uma sociedade anônima.


18)         Sua estratégia de crescimento segue o lema "uma coisa puxa a outra". Para embalar o trigo, monta uma tecelagem. Para aproveitar o algodão usado na produção do tecido, instala uma refinaria de óleo, e assim por diante.


19)         Em 1928, participa da fundação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).


20)         Matarazzo morre em 10 de dezembro de 1937, após uma crise de uremia, na condição de homem mais rico do país, o italiano mais rico do mundo, com uma fortuna de 20 bilhões de dólares estadunidenses, tendo a quinta maior fortuna do planeta na ocasião da morte, possivelmente sendo proprietário de 365 fábricas.


21)         Francesco Matarazzo e Filomena Sansivieri (1850-1940) tiveram 13 filhos:


22)         -Giuseppe Matarazzo (1877-1972), casado com Dona Anna de Notaristefani dei Duchi di Vastogirardi (1888-1959); Andrea Matarazzo (1881-1958), casado com Dona Amália Cintra Ferreira (1885-1958); Ermelino Matarazzo (1883-1920); Teresa Matarazzo (1885-1960), casada com Gaetano Comenale; 



Mariangela Matarazzo (1887-1958), casada com Mario Comide; Attilio Matarazzo (Sorocaba, 1889-1985), casado com Dona Adele dall'Aste Brandolini; Carmela Matarazzo (1891-?), casada com Antonio Campostano; Lydia Matarazzo (1892-1946), casada com Giulio Pignatari (?-1937); Olga Matarazzo (1894-1994), casada com o príncipe Dom Giovanni Alliata Di Montereale (1877-1938); Ida Matarazzo (1895-?); Claudia Matarazzo (1899-1935), casada com Dom Francesco Ruspoli, 8º principe di Cerveteri (1899-1989);  Francisco Matarazzo Júnior (1900-1977), casado com Mariangela Matarazzo (1905-1996) e (Luigi) Luís Eduardo Matarazzo (1902-1958), casado com Bianca Troise.


23)         Francesco Matarazzo não pertencia à nobreza italiana nem à nobreza de outros países da Europa, no entanto, no Brasil, já bilionário, alguns de seus filhos vieram a se casar com membros da alta nobreza italiana.


24)         Entre os quais, suas filhas Claudia e Olga Matarazzo, que casaram-se com Dom Francesco Ruspoli, 8º príncipe de Cerveteri, e o príncipe Dom Giovanni Alliata Di Montereale, respectivamente; e seus filhos Giuseppe e Attilio Matarazzo, casados com Dona Anna de Notaristefani dei Duchi di Vastogirardi e Dona Adele dall'Aste Brandolini, respectivamente.


25)         Títulos e comendas: O Muito Honorável Conde Matarazzo - Feito pelo rei Vítor Emanuel III da Itália, no Decreto Real de 25 de junho de 1917, e, posteriormente, foi feita uma extensão do título aos filhos varões, no Decreto Real de 2 de dezembro de 1926 (Itália); 



Presidente Honorário do Palestra Italia (que, atualmente, atende pelo nome de Palmeiras); Cavaliere Magistrale del Sovrano Militare Ordine di Malta (Malta); Cavaliere di Gran Croce del Gran Crodone dell’Ordine della Corona d'Italia (Itália); Cavaliere del Lavoro (Itália); Croce al Mertio Ungherese (Itália) e Cavaleiro Oficial (Primeira Classe) da Ordem do Cruzeiro do Sul (Brasil).


26)         Matarazzo é um ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo da Itália, cujos membros são donos das indústrias de mesmo nome.



 Atualmente conta com membros em vários setores da elite da sociedade brasileira, como a política, as artes, a magistratura, a medicina, o empresariado ou nos meios de comunicação.


27)         Alguns famosos Matarazzo: Francesco Matarazzo — mascate, e, posteriormente, empresário, foi o fundador das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo



Tendo recebido o título nobiliárquico de O Muito Honorável Conde Matarazzo em reconhecimento às ajudas milionárias em dinheiro e demais mercadorias que envia à |Itáliadurante a Primeira Guerra Mundial (1914-1917), bem como em decorrência do lobby feito pelas famílias de alguns dos seus genros e noras, famílias, estas, que pertenciam à alta nobreza italiana



Depois de diversas respostas negativas por parte do rei da Itália, logo a Itália entra na Primeira Guerra Mundial. Com a guerra, foi combinado que, dadas as circunstâncias de se tratar do pai de consortes de membros da alta nobreza italiana, bem como após uma doação multimilionária ao Reino da Itália por parte de Matarazzo, Francesco receberia um título nobiliárquico



rei Vítor Emanuel III, no Decreto Real de 25 de junho de 1917, extensivo aos filhos varões em 2 de dezembro de 1926, o titulou como O Muito Honorável Conde Matarazzo. Francesco Matarazzo contraiu matrimônio com Filomena Sansivieri com quem teve 13 filhos: Giuseppe Matarazzo, Andrea Matarazzo, Ermelino Matarazzo, Teresa Matarazzo, Mariangela Matarazzo, Attilio Matarazzo, Carmela Matarazzo, Lydia Matarazzo, 



Olga Matarazzo, Ida Matarazzo, Claudia Matarazzo, Francisco Matarazzo Júnior e (Luigi) Luís Eduardo Matarazzo; Francisco Matarazzo Júnior — filho e sucessor do fundador, Francesco Matarazzo Teve cinco filhos, entre eles Maria Pia Matarazzo, sua sucessora; Comendador Ermelino Matarazzo — filho do fundador, morto antes de sucedê-lo. 



Recebeu uma comenda do governo brasileiro, tornando-se um comendador; Francisco Matarazzo Sobrinho, mais conhecido como "Ciccillo Matarazzo"; Angelo Andrea Matarazzo; Amália Cintra Matarazzo; Eduardo Matarazzo Suplicy - casou-se com Marta Suplicy; Andrea Matarazzo - casado com Sonia Matarazzo; Jayme Monjardim Matarazzo - filho de André Matarazzo e Maysa Monjardim. 



Casou-se três vezes e tem quatro filhos: Jayme Monjardim Matarazzo Filho,Maria Fernanda Matarazzo, André Escobar Monjardim Matarazzo e Maysa; Claudia Matarazzo; Francisco Matarazzo Pignatari conhecido como Baby Pignatari e Ângelo Matarazzo Pausini.


28)         Francesco Antonio Maria Matarazzo (1854-1937) era um italiano que chegou ao Brasil em 1881 em busca de melhores condições de vida. 



Começou trabalhando como mascate, e mais tarde ele montara uma pequena fábrica para processar banha de porco, depois passou a fabricar as embalagens metálicas do produto o que o levou a montar uma metalúrgica. Mais tarde começou a vender arroz, massas, óleos, peixe e trigo em um supermercado. Logo ele funda a companhia Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.


29)         O império Matarazzo crescia cada vez mais em diversos setores como alimentíciotêxtilnavegação de cabotagem, indústrias siderúrgicas, altos investimentos em ferrovias e hidrelétricas.


30)         Francesco não pertencia à nobreza italiana nem à nobreza de outros países da Europa, no entanto, no Brasil, já bilionário, alguns de seus filhos vieram a se casar com membros da alta nobreza italiana. 



Entre os quais, suas filhas Olga e Cláudia Matarazzo, que casaram-se com Francesco Ruspoli, 8º príncipe de Cerveteri, e o príncipe Giovanni Alliata Di Montereale, respectivamente; e seus filhos Giuseppe e Attilio Matarazzo, casados com Anna de Notaristefani dei Duchi di Vastogirardi e Adele dall'Aste Brandolini, respectivamente. Para que não ficasse mal perante a nobreza, em função de entes da alta nobreza italiana estarem casados com plebeus, as referidas famílias com que os filhos de Francesco Matarazzo estavam casados fizeram um lobby com o rei Vítor Emanuel III da Itália



Após várias respostas negativas por parte do então rei da Itália, a Itália entra na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nesse cenário, o monarca italiano disse que dadas as circunstâncias, por se tratar do pai de consortes de membros da alta nobreza italiana, se Francesco Matarazzo doasse milhões de dólares estadunidenses ao Reino da Itália, o rei da Itália conferiria um título nobiliárquico ao mesmo. Após o envio de milhões de dólares estadunidenses e demais mercadorias, recebe do rei Vítor Emanuel III o título nobiliárquico de O Muito Honorável Conde Matarazzo, em 1917.


31)         Matarazzo morreu em 1937, após uma crise de uremia, na condição de homem mais rico do país, com uma fortuna de 10 bilhões de dólares estadunidenses, sendo proprietário de mais de 350 fábricas.


32)         O palacete é uma mansão construída pelo conde Francisco Matarazzo Jr. para a ser a residência oficial da sua família na Fazenda Amália situada em Santa Rosa de Viterbo na região de Ribeirão Preto SP.


33)         Foi construída em 1931 nos moldes dos casarões construídos na Avenida Paulista, em São Paulo, onde morou com o pai, o conde Francesco Matarazzo.




34)         O conde ainda construíu uma estrada particular para o acesso exclusivo da família e de suas visitas. A entrada da estrada está no centro da cidade,abaixo da Praça Guido Maestrello onde fica a igreja matriz. 



Foi construído um portão monumental com dois leões um de cada lado do portão, e seu entorno foi criada a Praça Maria Pia, homenagem à filha caçula do conde.


35)         O palacete e seu entorno permanece sob administração da família Matarazzo, algo em torno de 66,6 hectares.


36)         A Mansão Matarazzo foi um casarão da Avenida Paulista, em São PauloBrasil, construído em 1896 pelo conde Francesco Matarazzo, imigrante italiano e patriarca dessa família. A mansão ocupava o número 1230 da Avenida Paulista, na esquina com a Rua Pamplona.


37)         O palacete foi construído em estilo neoclássico, ocupando 4 400 metros quadrados de área construída, implantado num terreno de doze mil metros quadrados de jardins. Contava com dezenove quartos, dezessete salas, três adegas, refeitórios, uma cozinha com azulejos até o teto e uma biblioteca repleta de livros raros. 



A decoração interior do casarão era composta por móveis venezianos, portas florentinas, mesas chinesas, pratarias e porcelanas de diversas proveniências e quadros de elevado valor de RubensBrueghel e Canaletto. A encimar a fachada, estava o brasão dos Matarazzo, esculpido em mármore travertino. O palacete foi cenário de festas grandiosas, frequentadas pela alta sociedade paulistana.


38)         O palacete foi tombado em 1989 a contra gosto da família, numa polêmica disputa judicial entre os Matarazzo e a Prefeitura de São Paulo, à época dirigida pela prefeita Luiza Erundina, que pretendia instalar no imóvel o Museu do Trabalhador. 



A família, que exigia uma indenização milionária, ainda tentou implodir o imóvel de madrugada, com a explosão de uma bomba no porão do edifício. Embora a implosão não tenha tido éxito, a estrutura do casarão, embora tendo resistido às explosões, ficou comprometida. 



O projeto do museu não foi adiante e, em 1994, a família conseguiu reverter o tombamento e reaver a mansão.


39)         O processo de demolição começou em 1996, ano do centenário da mansão. O terreno foi vendido à Cyrela Commercial Properties e a uma empresa do grupo Camargo Corrêa por 125 milhões de reais, que nesse local construiu o Shopping Cidade São Paulo, inaugurado em abril desse ano. 



Até 2011 existia no local um estacionamento. Em março desse ano foi dado alvará para o início das obras de construção de um novo shopping no local, não havendo mais nada tombado no terreno.


40)         Quando o conde italiano Francesco Matarazzo, então com 27 anos, desembarcou no Brasil em dezembro de 1881, uma maré de azar parecia acompanhá-lo. 



Logo no desembarque, ele viu naufragar as duas toneladas de banha de porco que havia trazido para iniciar uma atividade comercial no país. Na tentativa de conseguir sobreviver em solo estrangeiro, o imigrante optou por montar um armazém de secos e molhados em Sorocaba, no interior de São Paulo. 


41)         Dois anos mais tarde, ele começou a traçar sua trajetória de sucesso que marcou o sobrenome Matara­zzo na história do Brasil. 


42)         Em 1883, criou a sua primeira fábrica – uma prensa de madeira e um tacho de metal –, usados para a produção de banha de porco.


43)         Naquela época, o café era o produto mais importante da economia nacional, mas o conde optou por investir em outros produtos essenciais à mesa do brasileiro.


44)         O primeiro salto na carreira dele foi exatamente a ideia de vender banha de porco em lata.


45)         Naquela época, boa parte do produto era importada dos Estados Unidos e vinha em barricas de madeira, que muitas vezes deixavam o conteúdo estragar. A aposta deu certo.


46)         Essa foi a primeira das mais de 200 fábricas que compunham as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, que chegaram a empregar mais de 30 mil pessoas.


47)         Os ramos da empresa também foram se diversificando. No fim da primeira década do século passado, ele já havia se consolidado como um dos empresários mais importantes nos ramos de alimentos, tecidos e óleos.


48)         O empresário deixou um legado que transcende a história econômica do país.


49)         Seus investimentos foram fundamentais para a vida de milhares de famílias e o desenvolvimento de diferentes regiões.


50)         No Paraná, o conde italiano estendeu seus tentáculos até as cidades de Antonina, no litoral, e Jaguariaíva, no Norte do estado.



51)         Ainda hoje, as ruínas do império Matarazzo fazem parte da arquitetura, cultura e recordação da população.


52)         Para preservar a memória viva que marcou o início do século 20, o Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná irá elaborar um novo estudo para tombar todo o complexo Mata­razzo, localizado em Jagua­riaíva.


53)         Segundo Rosina Parchen, coordenadora do Patrimônio Estadual, não faz sentido tombar apenas a residência. “O Conselho entendeu que se for para tombar, deve ser todo o patrimônio que pertenceu ao empresário na cidade. Vamos fazer um novo estudo”, diz.


54)         De acordo com ela, o complexo é um marco histórico-cultural. “Foi através desse empreendimento que a economia do Norte do Paraná teve um grande impulso”, salienta.


55)         Em Antonina, o complexo Matarazzo, onde funcionavam os moinhos de trigo, sal, açúcar e erva mate, além do porto, passa por um processo de tombamento pelo Instituto do Patri­mônio Histórico e Artístico Nacio­nal (Iphan). O moinho, o porto, a escola e a residência serão mantidos.


56)         Um dos sonhos antigos do conde Francesco Matarazzo era construir um frigorífico na Região Sul do Brasil.


57)         Ao passar de trem por Jaguariaíva, no Norte do estado, ele percebeu uma série de vantagens em investir na cidade.


58)         Ponto estratégico por ter uma estrada de ferro, centro criador de suínos e ser cortada pelo Rio Capivari.


59)         A sede da indústria na cidade começou a ser edificada em 1918 e foi concluída dois anos mais tarde. No local funcionou o frigorífico da família até o ano de 1964. Matarazzo também instalou uma usina hidrelétrica própria para o funcionamento da empresa.


60)         Dificuldades econômicas obrigaram a família a abandonar o Negócio. A partir daí a família transformou o local em uma fábrica de tecelagem.


61)         Porém, no início dos anos 80 o espaço foi vendido para a Companhia Nacional de Estamparia.


62)         No início da década seguinte, todo o complexo industrial foi adquirido pela prefeitura do município.


63)         Os espaços internos e externos da antiga fábrica vêm passando nos últimos três anos por ampla revitalização, com remoção de entulhos e sucatas.


64)         O local abriga hoje uma escola municipal, duas empresas privadas e órgãos da prefeitura – incluindo uma sala de cinema para os alunos da rede pública.


65)         Construída em 1924, o palacete onde residiu a família do conde hoje funciona como sede do Museu Histórico Municipal Conde Francisco Matarazzo.


66)         Segundo Amanda Colodel, do Depar­ta­men­to de Turismo da prefeitura, Jagua­riaíva tinha, em 1900, cerca de 3,8 mil habitantes.



Com o início das atividades do frigorífico Matara­zzo, em 1920, a população chegou a 15 mil pessoas. Hoje, a cidade tem 32,6 mil moradores, segundo o Censo 2010.


67)         Em Antonina o investimento das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo significou um promissor período econômico para a cidade.


68)         Durante a década de 1910 até meados de 1960, o município teve sua economia arraigada nessas fábricas, que hoje se encontram desativadas.


69)         Para conhecer mais sobre a história do empresário Francesco Matarazzo no Brasil, uma dica são os livros Matarazzo: 



A Travessia e Colosso Brasileiro, de Ronaldo Costa Couto. Os livros foram publicados pela Editora Planeta, em 2004.


70)         Grande parte da população de Jaguariaíva manifesta interesse em manter todo o espaço pertencente à família Matarazzo preservado.


71)         Para Eder Marrafom Toledo, de 27 anos, o conde foi o grande responsável para o desenvolvimento da cidade. “Sem ele, o município não teria as mínimas condições de crescer.


72)         Essas construções merecem ser preservadas para as outras gerações saberem como foi o crescimento da cidade”, ressalta. 



Já Ederaldo Luiz Sene, de 43 anos, se indaga por que até hoje o espaço não foi tombado. “Isso deveria ter acontecido faz tempo”, destaca.


73)         Mário Fagundes, de 30 anos, salienta que o espaço se tornou um símbolo da cidade. “Não tem nem o que pensar. É essencial realizar o tombamento para manter a história ainda viva. Uma cidade sem história não é nada”, afirma.




74)         Os negócios de Francesco prosseguiram mesmo com a sua morte, em 1937, aos 83 anos. O filho Francesco Júnior assumiu as rédeas da empresa. “Mas os herdeiros acabaram atuando de forma não profissional”, diz o historiador José La Pastina Filho.


75)         Com o crescimento das vendas de banha de porco, Francesco Matarazzo decidiu traçar voos mais altos. Ele começou a investir em um moinho de farinha, em São Paulo. 



Para produzir os sacos que embalavam o produto, Matarazzo adquiriu máquinas de tecelagem. Com elas, iniciou a produção de tecidos. As sementes do algodão que comprava para a tecelagem eram beneficiadas e delas o empresário extraía óleo. Com o subproduto dele, produzia sabão. Para comercializá-lo, passou a fazer embalagens específicas. Por isso, criou serrarias e uma metalúrgica.


76)         nte, Francesco Matarazzo tornou-se sinônimo de homem rico e um exemplo do “imigrante que deu certo”.


77)         Os produtos das Indústrias Reunidas Francesco Matarazzo (IRFM) eram praticamente onipresentes no dia a dia dos brasileiros.


78)         Seu conglomerado, nos anos 1930, só faturava menos que o Governo Federal, o Departamento Nacional do Café e o estado de São Paulo.


79)         O empresário foi um dos homens mais ricos da América do Sul na sua época e, quando morreu, tinha um patrimônio estipulado em 20 bilhões de dólares se os valores fossem corrigidos para os padrões atuais.


80)         Ele media 1,83 metro, pesava cerca de 80 quilos e tinha porte atlético.


81)         Por uma questão de estilo, raspa os cabelos e se mantém careca.


82)         Graças a sua grande habilidade, teve sucesso ainda muito jovem e conseguiu enriquecer rapidamente.


83)         É conhecido no mundo inteiro e, apesar de ter morado anos na Europa, nunca negou seu amor pelo Brasil.


84)         Poderíamos estar falando do centroavante Ronaldo, o “fenômeno”, certo? Sim. Mas a mesma descrição serve também a outro homem ilustre: Francesco Matarazzo.


85)         E as semelhanças param por aí. Sinal dos tempos.


86)         Matarazzo não era jogador de futebol, mas empresário.


87)         A partir de um pequeno capital inicial, ele acumulou um patrimônio que em valores atuais passaria de 20 bilhões de dólares e o colocaria confortavelmente entre os dez homens mais ricos do mundo, brigando pela sétima posição (na célebre lista de milionários da revista Forbes.


88)         Apesar de ser um dos homens mais poderosos de sua época, Matarazzo era simpático e relativamente simples. Não era dado a grandes ostentações, ao contrário de alguns de seus descendentes, conhecidos como esbanjadores.


89)         Em 1924, em Nápoles, o conde deu provas disso ao encomendar um terno na sua alfaiataria preferida. O alfaiate estranhou, dizendo que um filho do industrial havia passado lá mais cedo e mandado fazer não um, mas seis trajes. Matarazzo não titubeou: “Ele tem pai rico, eu não”.


90)         Ao morrer, o empresário deixou a viúva Filomena, 11 filhos e mais de 30 netos e de dez bisnetos. A imensa família do patriarca é parte da explicação de como um complexo industrial dos maiores já vistos no mundo pôde desaparecer.


91)         Era filho do médico e comerciante Costabile (falecido em 1873) com Mariangela. 


92) O sobrenome familiar, de origem greco-sarracena, significa “rocha forte”, e o jovem Francesco fazia jus a ele: era musculoso e alto.


93)         A calvície prematura o fez optar por raspar os cabelos. Desde o século 14, os Matarazzo viviam na pequena Castellabate, a cerca de 200 quilômetros de Nápoles, às margens do Mediterrâneo. Eram uma família tradicional da cidade, mas sem grande patrimônio.


94)         A unificação da Itália, entre 1861 e 1870, foi o estopim para a emigração em massa dos italianos. A política do governo central incluía substituir a agricultura familiar pela produção em larga escala. Privados de seu modo de vida tradicional, camponeses partiram para buscar trabalho em países como o Brasil. Algumas comunidades foram literalmente partidas ao meio: estima-se que, por volta de 1900, havia 3 mil castellabatenses vivendo na Itália e outro tanto morando em São Paulo.


95)         Alguns poucos homens de negócio também emigraram para fugir da crise. Como Matarazzo. Ao chegar ao Brasil, aos 27 anos, acompanhado de sua companheira Filomena e de dois filhos, ele já tinha uma década de experiência no comércio.


96)         Além disso, trazia consigo economias equivalentes a algo entre 30 mil e 50 mil dólares, em valores atuais – não se fundamenta, portanto, a versão de que Matarazzo teria chegado pobre ao Brasil. Mas o jovem comerciante perdeu boa parte de seu patrimônio logo ao aportar aqui, em dezembro de 1881.


97)         Em pouco tempo, a principal atividade do comerciante passou a ser percorrer o interior paulista em lombo de mula, negociando a compra de porcos e a venda da banha.


98)         O sucesso inicial permitiu que a mãe e alguns dos irmãos de Matarazzo também viessem viver no Brasil.


99)         Há quem diga que Matarazzo chegou a ter mais de 365 fábricas, podendo visitar uma diferente a cada dia do ano.


100)         Matarazzo morreu em 10 de dezembro de 1937, após uma crise de uremia, na condição de homem mais rico do país, o italiano mais rico do mundo, com uma fortuna de 20 bilhões de dólares, tendo a quinta maior fortuna do planeta na ocasião da morte, possivelmente sendo proprietário de 365 fábricas.


































Comentários

Postagens mais visitadas deste blog