DOM PEDRO II





1)   Pedro II (Rio de Janeiro2 de dezembro de 1825 – Paris5 de dezembro de 1891), foi o segundo e último Imperador do Império do Brasil durante 48 anos, de 1840 até sua deposição em 1889.


2)   Nascido no Rio de Janeiro, foi o filho mais novo do imperador Pedro I do Brasil e da imperatriz Dona Maria Leopoldina de Áustria e, portanto, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança.


3)   abdicação do pai e sua viagem para a Europa tornaram Pedro imperador com apenas cinco anos.



4)   Passou a maior parte de sua infância e adolescência estudando em preparação para imperar. 


5)    Suas experiências com intrigas palacianas e disputas políticas durante este período tiveram grande impacto na formação de seu caráter. Herdando um Império no limiar da desintegração, Pedro II consolidou a unificação do Brasil.


6)   Sob seu governo, o país também foi vitorioso em três conflitos internacionais (a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai), assim como prevaleceu em outras disputas internacionais e tensões domésticas.


7)   Um erudito, o imperador estabeleceu uma reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, cultura e ciências.


8)   Ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Graham BellCharles DarwinVictor Hugo e Friedrich Nietzsche, e foi amigo de Richard WagnerLouis PasteurJean-Martin CharcotHenry Wadsworth Longfellow, dentre outros.


9)   Império do Brasil foi encerrado em 15 de novembro de 1889, por meio de um golpe de Estado.


10)                     Pedro II não permitiu qualquer medida contra sua remoção e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia, passando os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa.


11)                     Algumas décadas após sua morte seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil como os de um herói nacional.


12)                     Pedro nasceu às 2h30 da manhã do dia 2 de dezembro de 1825 no Paço de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.


13)                     Batizado em homenagem a São Pedro de Alcântara, seu nome completo era Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga. 


14)                     Pelo seu pai, o imperador Pedro I, ele era membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança e seu nome era precedido pelo honorífico "Dom" ("Senhor" ou "Lorde") desde o nascimento.


15)                     Foi neto do rei português João VI e sobrinho de Miguel I.


16)                     Sua mãe foi a Arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria, filha de Francisco II, último monarca do Sacro Império Romano-Germânico. Por sua mãe, Pedro era sobrinho de Napoleão Bonaparte e primo dos imperadores Francisco José I da Áustria e Maximiliano do México.


17)                     Único filho do sexo masculino legítimo de Pedro I a sobreviver a infância, foi oficialmente reconhecido como herdeiro do trono brasileiro com o título de Príncipe Imperial a 6 de agosto de 1826.


18)                     A Imperatriz Leopoldina morreu a 11 de dezembro de 1826, poucos dias após dar à luz um menino natimorto, quando Pedro tinha um ano de idade.


19)                     Pedro não guardou recordações de sua mãe, a não ser pelo que depois lhe foi contado. A influência e lembrança de seu pai também apagou-se com o tempo, e não guardou fortes imagens de Pedro I, mas apenas poucas e vagas lembranças.


20)                     Dois anos e meio após a morte de Leopoldina, o imperador casou-se com Amélia de Leuchtenberg.


21)                     O Príncipe Pedro passou pouco tempo com sua madrasta; no entanto, criaram um relacionamento afetuoso e mantiveram contato até a morte dela em 1873.


22)                     O imperador Pedro I abdicou em 7 de abril de 1831, após um longo conflito com a facção liberal (que por sua vez iria mais tarde dividir-se nos dois partidos dominantes na monarquia, o Conservador e o Liberal) dominante no parlamento. Ele e Amélia partiram imediatamente para a Europa, onde Pedro I iria lutar para restaurar sua filha Maria II, cujo trono em Portugal fôra usurpado por seu irmão Miguel I. Deixado para trás, o Príncipe Imperial Pedro tornou-se "Dom Pedro II, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil".


23)                     Ao deixar o país, o imperador Pedro I selecionou três pessoas para cuidarem de seu filho e das filhas remanescentes. A primeira foi José Bonifácio de Andrada, seu amigo e líder influente da independência brasileira, nomeado tutor. A segunda foi Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho (depois Condessa de Belmonte), que detinha o cargo de aia desde o nascimento de Pedro II.


24)                     Quando bebê, Pedro II a chamava de "dadama", pois não pronunciava corretamente a palavra "dama". Considerava-a sua mãe de criação, e continuaria a chamá-la por afeto de "dadama" mesmo já adulto. A terceira pessoa escolhida foi Rafael, um veterano negro da Guerra da Cisplatina. Rafael era um empregado do paço em quem Pedro I possuía profunda confiança, e pediu que olhasse por seu filho—pedido que levaria a termo pelo resto de sua vida.


25)                     José Bonifácio foi destituído de sua posição em dezembro de 1833 e substituído por outro tutor. Pedro II passava os dias estudando, com apenas duas horas livres para recreação. Acordava às 6h30 da manhã e começava seus estudos às sete, continuando até as dez da noite, quando ia para cama. Tomou-se grande cuidado em sua educação para formar valores e personalidade diferente da impulsividade e irresponsabilidade demonstradas por seu pai. Sua paixão por leitura lhe permitiu assimilar qualquer informação. Pedro II não era um gênio, mas inteligente e com grande capacidade para acumular conhecimento facilmente.


26)                     O imperador teve uma infância solitária e infeliz. A perda súbita de seus pais o assombraria por toda a vida; ele teve poucos amigos de sua idade e o contato com suas irmãs era limitado. O ambiente em que foi criado o tornou tímido e carente, enxergando nos livros refúgio e fuga do mundo real.


27)                     A elevação de Pedro II ao trono imperial em 1831 levou a um período de crises, o mais conturbado da história do Brasil.


28)                     Uma regência foi criada para governar em seu lugar até que atingisse a maioridade. Disputas entre facções políticas resultaram em diversas rebeliões e levaram a uma situação instável, quase anárquica, sob os regentes.


29)                     A possibilidade de diminuir a idade em que o jovem imperador seria considerado maior de idade, ao invés de esperar até que completasse 18 anos de idade em 2 de dezembro de 1843, era levada em consideração desde 1835.


30)                     A ideia era apoiada, de certa forma, pelos dois principais partidos políticos. Acreditava-se que aqueles que o auxiliassem a tomar as rédeas do poder estariam em posição para manipular o jovem inexperiente. 



Aqueles políticos que haviam surgido na década de 1830 haviam se tornado familiares aos perigos de governar.


31)                     De acordo com o historiador Roderick J. Barman,”eles haviam perdido toda a fé em sua habilidade para governar o país por si só. Eles aceitaram Pedro II como uma figura de autoridade cuja presença era indispensável a sobrevivência do país”.



 O povo brasileiro também apoiava a diminuição da maioridade, e consideravam Pedro II "o símbolo vivo da união da pátria." ; esta posição "deu a ele, aos olhos do público, uma autoridade maior do que a de qualquer regente."


32)                     Aqueles que defendiam a imediata declaração de maioridade de Pedro II passaram uma moção requisitando ao imperador que assumisse poderes plenos. 



Uma delegação foi enviada a São Cristóvão para perguntar se Pedro II aceitaria ou rejeitaria a declaração antecipada de sua maioridade. 



Ele respondeu timidamente que "sim" quando perguntado se desejaria que a maioridade fosse diminuída, e "já" quando indagado se desejaria que viesse a ter efeito naquele momento ou preferiria esperar até o seu aniversário em dezembro. 



No dia seguinte, em 23 de julho de 1840, a Assembleia Geral (o parlamento brasileiro) declarou formalmente Pedro II maior aos 14 anos de idade



Lá, a tarde, o jovem imperador prestou o juramento de ascensão. Foi aclamado, coroado e consagrado em 18 de julho de 1841.


33)                     O fim da regência facciosa estabilizou o governo. 



Com um legítimo monarca no trono, a autoridade foi revestida numa única e clara voz.


34)                     Mas, tinha chegado a hora de Dom Pedro II, se casar.


35)                     O governo do Reino das Duas Sicílias ofereceu a mão da Princesa Teresa Cristina e uma pintura lhe foi enviada.


36)                     A pintura que havia recebido era claramente uma idealização da futura Imperatriz; 



a Teresa Cristina real era baixa, um pouco acima do peso, coxa e apesar de não ser feia, também não era bonita. 



Ele fez pouco para esconder sua desilusão.


37)                     Um observador afirmou que ele deu às costas a Teresa Cristina, outro disse que ele estava tão chocado que precisou sentar, e é possível que ambos tenham ocorrido. 


38)                     Naquela noite Pedro II chorou e reclamou para Mariana de Verna, "Eles me enganaram, Dadama!" Foram necessárias horas para convencê-lo de que o dever exigia que ele seguisse em frente com o matrimônio. 



Uma celebração nupcial, com a ratificação dos votos tomados por procuração e o conferimento de uma benção nupcial, ocorreu no dia seguinte, 4 de setembro.


39)                     Por volta de 1846 Pedro II já havia amadurecido fisicamente e mentalmente. Ele não era mais o jovem inseguro de 14 anos idade que se permitia levar por boatos, por sugestões de complôs secretos, e outras táticas manipuladoras. 



Ele cresceu num homem, que com 1,90 m de altura, olhos azuis e cabelos loiros, era descrito como belo. Com seu crescimento, suas fraquezas desapareceram e suas qualidades de caráter vieram a tona.


40)                      Ele aprendeu não só a ser imparcial e dedicado, mas também cortês, paciente e sensato. 


41)                     A medida que ele começou a exercer por completo sua autoridade, 



suas novas habilidades sociais e dedicação no governo contribuíram grandemente para a eficiência de sua imagem pública.


42)                      O historiador Roderick J. Barman o descreveu: "Ele mantinha suas emoções sob disciplina férrea. Ele nunca era rude e nunca perdia a cabeça. 



Ele era excepcionalmente discreto com as palavras e cauteloso na forma de agir."


43)                     No início da década de 1850, o Brasil gozava de estabilidade interna e de prosperidade econômica. A nação estava sendo ligada de um ponto a outro através de linhas férreas, telegráficas e de navios a vapor, unindo-a em uma única entidade. 



Na opinião pública em geral, tanto doméstica quanto externa, esses feitos eram possíveis devido a duas razões: "ao seu governo como uma monarquia e pela personalidade de Pedro II".


44)                     O casamento de Pedro II e Teresa Cristina começou mal. Com maturidade, paciência, e o nascimento de seu primeiro filho, Afonso, o relacionamento melhorou. 



Mais tarde Teresa Cristina teve outros três filhos: Isabel, em 1846; Leopoldina, em 1847; e por último, Pedro, em 1848. Contudo, ambos os meninos morreram na infância, o que devastou o imperador. Além de sofrer como pai, sua visão do futuro do Império mudou completamente. 


45)                      Apesar de sua afeição por suas filhas, ele não acreditava que a Princesa Isabel, apesar de sua herdeira, teria qualquer chance real de prosperar no trono. 



Ele acreditava que o seu sucessor precisava ser um homem para que a monarquia fosse viável.


46)                     O próprio monarca foi chamado popularmente de "Voluntário número um".


47)                     Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul. Foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo BrasilArgentina e Uruguai



A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870



É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza), na Argentina e no Uruguai, e de Guerra Grande, no Paraguai.


48)                     Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado no Uruguai, que pôs fim à guerra civil uruguaia 



ao depor o governo uruguaio do ditador Atanasio Aguirre, do Partido Blanco e aliado de Francisco Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses.


49)                     O conflito iniciou-se com o aprisionamento no porto de Assunção, em 11 de novembro de 1864, do barco a vapor brasileiro Marquês de Olinda, que transportava o presidente da província de Mato GrossoFrederico Carneiro de Campos, que nunca chegou a Cuiabá, morrendo em uma prisão paraguaia. 



Seis semanas depois, o exército do Paraguai sob ordens de Francisco Solano López invadiu pelo sul a província brasileira de Mato Grosso.


50)                     Antes da intervenção brasileira no Uruguai, Solano López já vinha produzindo material bélico moderno, em preparação para um futuro conflito com a Argentina mitrista, e não com o Império. 


Solano López alimentava o sonho expansionista e militarista de formar o Grande Paraguai, que abrangeria as regiões argentinas de Corrientes e Entre Rios, o Uruguai, o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso e o próprio Paraguai. 



Objetivando a expansão imperialista, Solano López instalou o serviço militar obrigatório, organizou um exército de 80 000 homens, reaparelhou a Marinha e criou indústrias bélicas.


51)                     Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul.


52)                     Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.


53)                     Império do BrasilArgentina mitrista e Uruguai florista, aliados, derrotaram o Paraguai após mais de cinco anos de lutas durante os quais o Império enviou em torno de 150 mil homens à guerra. 



Cerca de 50 mil não voltaram — alguns autores asseveram que as mortes no caso do Brasil podem ter alcançado 60 mil se forem incluídos civis, principalmente nas então províncias do Rio Grande do Sul e de Mato GrossoArgentina e Uruguai 



sofreram perdas proporcionalmente pesadas — mais de 50% de suas tropas faleceram durante a guerra — apesar de, em números absolutos, serem menos significativas.


54)                     Já as perdas humanas sofridas pelo Paraguai são calculadas em até 300 mil pessoas, entre civis e militares, mortos em decorrência dos combates, das epidemias que se alastraram durante a guerra e da fome.


55)                     A derrota marcou uma reviravolta decisiva na história do Paraguai, tornando-o um dos países mais atrasados da América do Sul, devido ao seu decréscimo populacional, ocupação militar 



por quase dez anos, pagamento de pesada indenização de guerra, no caso do Brasil até a Segunda Guerra Mundial, e perda de praticamente 40% do território em litígio para o Brasil e Argentina. Após a Guerra, por décadas, o Paraguai manteve-se sob a hegemonia brasileira.


56)                     Foi o último de quatro conflitos armados internacionais, na chamada Questão do Prata, em que o Império do Brasil lutou, no século XIX



pela supremacia sul-americana, tendo o primeiro sido a Guerra da Cisplatina, o segundo a Guerra do Prata, e o terceiro a Guerra do Uruguai.



57)                     O Paraguai sofreu grande redução em sua população. A guerra acentuou um desequilíbrio entre a quantidade de homens. 



Algumas fontes citam que 75% da população paraguaia teriam perecido ao final da Guerra.


58)                     Dos cerca de 160 mil brasileiros que combateram na Guerra do Paraguai as melhores estimativas apontam cerca de 50 mil óbitos e outros mil inválidos. 



Outros ainda estimam que o número total de combatentes pode ter chegado a 400 mil, com sessenta mil mortos em combate ou por doenças.


59)                     As forças uruguaias contaram com quase 5.600 homens, dos quais pouco mais de 3.100 morreram durante a guerra devido às batalhas ou por doenças.


60)                     Já a Argentina perdeu cerca de 18 mil combatentes dentre os quase 30 mil envolvidos. 



Outros 12 mil civis morreram devido principalmente a doenças.


61)                     Fato é que a Guerra do Paraguai não se diferenciou dos demais conflitos ocorridos durante o século XIX.


62)                     As altas taxas de mortalidade não foram decorrentes somente por conta dos encontros armados. 



Doenças decorrentes da má alimentação e péssimas condições de higiene parecem ter sido a causa da maior parte das mortes.


63)                     Entre os brasileiros, pelo menos metade das mortes tiveram como causa doenças típicas de situações de guerra do século XIX. 



A principal causa mortis durante a guerra parece ter sido o cólera.


64)                     PARAGUAI: destruição do Estado existente, perda de territórios vizinhos e ruína da economia paraguaia, de modo que mesmo décadas depois, não conseguiu se desenvolver da mesma forma que os vizinhos. 



Perdas na guerra: até 69% da população, a maioria devido a doenças, fome e exaustão física.


65)                     BRASIL: a guerra expôs a fragilidade militar-estrutural do Império, devido à escravidão, principalmente, mas saiu vitorioso militarmente e fortaleceu sua hegemonia até 1875. 



Reflexos internos: desequilíbrio orçamentário e no Tesouro brasileiro, além da forte dissociação entre Exército e monarquia, devido ao sentimento de identidade que se construiu durante a guerra. Perdas na guerra: 50 mil homens, devido a doenças e ao rigor do clima.


66)                     O tesouro real indicou um gasto de 614 mil contos de réis, provindos das seguintes fontes:



Empréstimo Estrangeiro: 49 (em milhares de contos de Réis); Empréstimo Interno: 27; Emissão de dinheiro: 102; Emissão de títulos: 171; Imposto: 265.


67)                     O conflito custou, pois, ao Brasil, quase onze anos do orçamento público anual, em valores de pré-guerra, o que permite compreender melhor o persistente "déficit" público nas décadas de 1870 e 1880. 



Também chama a atenção, nos números sobre as fontes dos recursos gastos na luta, a participação proporcionalmente pequena de empréstimos externos.


68)                     O Brasil levou à guerra em torno de 139 mil homens, de um total de pouco mais de 9 milhões de habitantes, ou seja, cerca de 1.5% da população. 



A origem conhecida dos efetivos, sem incluir os efetivos da Marinha, foram: Voluntários da Pátria: 54.992; Guarda Nacional: 59.669; Recrutamento e Escravos Libertos: 8.489; Total: 123.148.


69)                     ARGENTINA: passou por inúmeras rebeliões federalistas contra o governo nacional, pelo descontentamento com a guerra; economicamente foi beneficiada, pois abasteceu as tropas brasileiras com produtos (principalmente carne e cereais) oriundos de Buenos Aires, mas também houve sangria do Tesouro nacional. 



A guerra contribuiu para a consolidação do Estado nacional argentino e para dinamizar sua economia. Perdas na guerra: 30 mil homens.


70)                     URUGUAI: sofreu impactos menores. Perdas na guerra: 5.000 soldados.




71)                     Alterações no plano regional: a guerra de certa forma substituiu a histórica rivalidade entre Argentina e Brasil pela cooperação entre os dois grandes países, uma aliança estratégica duradoura, embora as desconfianças entre os lados continuem até hoje. 



Durante todo o tempo da campanha, as províncias de Entre Rios e Corrientes abasteceram as tropas brasileiras com gado, gêneros alimentícios e outros produtos. Economicamente, os mais beneficiados foram os comerciantes argentinos durante a guerra.


72)                     O Brasil, que sustentou praticamente sozinho a guerra, pagou um preço alto pela vitória. 



Durante os cinco anos de lutas, as despesas do Império chegaram ao dobro de sua receita, provocando uma crise financeira. A escravidão passou a ser questionada, pois os escravos que lutaram pelo Brasil permaneceram escravos.


73)                     Exército Brasileiro passou a ser uma força nova e expressiva dentro da vida nacional. Transformara-se numa instituição forte que, com a guerra, ganhara tradições e coesão interna e representaria um papel significativo no desenvolvimento posterior da história do país. 



Além disso, houve a formação de um inquietante espírito corporativista no exército, que futuramente, formaria a República Federativa do Brasil.


74)                     Fevereiro (1876) - Tratado da paz cede para à Argentina os territórios em litígio das Misiones, entre os rios Bermejo e Pilcomayo. 



Os territórios entre os rios Pilcomayo e Verde foram submetidos ao arbítrio norte-americano, que concedeu a região ao Paraguai.


75)                     22 de junho de 1876 - Saem os últimos soldados de ocupação brasileiros do Paraguai. Em 1879, sairão os últimos soldados de ocupação argentinos.


76)                     Francisco Solano López Carrillo (Assunção24 de julho de 1827 — Cerro Corá1º de março de 1870) foi o segundo presidente constitucional da República do Paraguai, exercendo o cargo desde 1862 até a data de sua morte. 



Foi comandante das Forças Armadas e chefe supremo do seu país durante a Guerra do Paraguai. É um personagem extremamente controvertido, sendo considerado herói nacional do Paraguai, enquanto no Brasil é considerado um ditador sanguinário que levou seu país à ruína.


77)                     Dom Pedro II se opôs à diversos grupos: a igreja, os militares e a elite. Durante seu governo, D. Pedro II focou no desenvolvimento econômico e social do país.


78)                     Foram construídas as primeiras linhas telegráficas e a primeira estrada de ferro do país. Foi nesse período que as leis abolicionistas avançaram: Lei Bill Aberdeen (1845); Lei Eusébio de Queirós (1850); Lei do Ventre Livre (1871).


79)                     Lei dos Sexagenários (1887); Lei Áurea (1888).


80)                     Viajou para diversas partes do País e do mundo com o intuito de conhecer as diversas inovações tecnológicas e trazer para seu país natal. Nesse período, deixou sua filha Isabel como regente do País.


81)                     Durante seu governo aconteceram diversas revoltas das quais se destacam: Revolta dos Liberais (1842), em Minas Gerais e São Paulo; Guerra dos Farrapos (1845), no Rio Grande do Sul; Revolução Praieira (1848), em Pernambuco.


82)                     Venceu algumas importantes guerras: a Guerra do Prata (Guerra contra Oribe e Rosas) em 1850; a Guerra do Uruguai (Guerra contra Aguirre) em 1864; e a Guerra do Paraguai(1865).


83)                     Por ser um ícone da história do Brasil há diversas ruas, avenidas, centros comerciais, hospitalares e educacionais que levam seu nome.


84)                     Na década de 70, Dom Pedro II viajou duas vezes à Europa, deixando sua filha a Princesa Isabel como Regente. Em ambos os momentos a princesa resolveu causas difíceis.


85)                     Em 1871, assinou a lei do Ventre Livre e em 1875 foi resolvida a Questão Religiosa. Em 1886, Dom Pedro adoece e parte novamente para a Europa.


86)                     No dia 13 de maio de 1888, com a Regência da Princesa Isabel, é assinado o decreto que acaba com a escravidão no Brasil.


87)                     O ideal republicano que surgiu no Brasil em vários movimentos, como na Guerra dos Farrapos e na Revolução Praieira, só após a Guerra do Paraguai ressurgiu e se fortaleceu.


88)                     No dia 15 de novembro de 1889, pela conjugação de interesses políticos, o governo imperial foi derrubado. Estava proclamada a República no Brasil. No dia seguinte organizou-se um Governo Provisório, que deu 24 horas para Dom Pedro deixar o país.


89)                     Dom Pedro de Alcântara embarca com a família para Portugal.


90)                     Era 17 de novembro de 1889, dois dias após a proclamação da República.




91)                     Chegando em Lisboa no dia 7 de dezembro seguiu para o Porto, onde a imperatriz morreu no dia 28 do mesmo mês. Pedro, com 66 anos, segue sozinho para Paris, onde fica hospedado no Hotel Bedford, onde passava o dia lendo e estudando.


92)                     As visitas à Biblioteca Nacional eram seu refúgio.


93)                     Em novembro de 1891, doente não saía mais do quarto.


94)                     Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança morreu no dia 5 de dezembro de 1891, em consequência de uma pneumonia.


95)                     Seus restos mortais são transladados para Lisboa, e depositados no convento de São Vicente de Fora, junto ao da esposa.


96)                     Quando revogada a lei do banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos para o Brasil e depositados na Catedral do Rio de Janeiro, em 1921. Em 1925, foram transferidos para Petrópolis.


97)                      Os brasileiros se mantiveram apegados a figura do imperador popular a quem consideravam um herói e continuaram a vê-lo como o Pai do Povo personificado.


98)                     Surpreendentemente fortes sentimentos de culpa se manifestaram dentre os republicanos, que se tornaram cada vez mais evidentes com a morte do imperador no exílio. Eles elogiavam Pedro II, que era visto como um modelo de ideais republicanos, e a era imperial, que acreditavam que deveria servir de exemplo a ser seguido pela jovem república.


99)                     Os historiadores possuem uma grande estima por Pedro II e seu reinado. A literatura historiográfica que trata dele é vasta e, com a exceção do período imediatamente posterior a sua queda, enormemente positiva, e até mesmo laudatória.


100)               O imperador Pedro II é considerado por vários historiadores o maior de todos os brasileiros.




















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