AQUENÁTON
1)
Aquenáton, conhecido antes do
quinto ano de seu reinado como Amenófis
IV ou em egípcio antigo Amenhotep IV, foi Faraó da XVIII dinastia do Egito que reinou por dezessete anos e morreu em 1336
ou 1334 a.C.
2)
Ele é principalmente lembrado por abandonar o tradicional
politeísmo egípcio e introduzir uma adoração centrada em um único deus, Aton, que é as vezes descrita como monoteísta ou henoteísta. Inscrições antigas
ligam Aton ao Sol comparado às estrelas, com a línguagem oficial posterior
evitando chamá-lo de um deus, dando a deidade solar um status acima dos meros deuses.
4)
A religião tradicional foi gradualmente restaurada após sua
morte.
5)
Alguns anos depois, os posteriores faraós da XVIII dinastia,
que não tinham direitos claros a sucessão, descreditaram Aquenáton e seus
sucessores imediatos, referindo-se a ele como "o inimigo" em
registros históricos.
6)
Ele se perdeu da história até que Amarna, local de sua cidade
Aquetaton, foi descoberta no século XIX.
7)
Escavações iniciais por Flinders Petrie em Amarna
iniciaram um interesse no faraó, cuja tumba foi desenterrada em 1907 em
escavação de Edward R. Ayrton.
8)
O interesse em Aquenáton aumentou depois da descoberta
da tumba do faraó Tutancâmon no Vale dos Reis, que provou-se
ser filho de Aquenáton em um teste de DNA realizado em 2010. Acredita-se que
uma múmia encontrada em KV55 em
1907 seja dele. Entretanto, se tem certeza de que essa múmia e Tutancâmon são
relacionados.
9)
O interesse moderno em Aquenáton e sua rainha Nefertiti vem parcialmente
de sua conexão com Tutancâmon, o estilo único e de alta qualidade das artes que
patrocinava e do interesse na religião que ele tentou fundar.
12)
Durante o reinado do seu pai o Egito viveu uma era de paz,
prosperidade e esplendor artístico.
13)
Não se sabe muito sobre a sua infância, dado que não era
hábito entre os antigos Egípcios documentar a vida das crianças da família
real.
14)
Teve provavelmente como preceptor Amenófis e ao que parece enquanto jovem era
fisicamente débil, não
lhe agradando as atividades relacionadas com a caça e o manejo de armas.
15)
Amenófis não estava destinado a ser rei do Antigo
Egito.
16)
Este lugar seria ocupado pelo seu irmão mais velho, o
príncipe Tutmés, que era filho de Amenófis III com Giluchipa, uma esposa secundária filha do rei de Mitanni.
17)
Porém, Tutmés morreu antes do ano 30 do reinado do pai
(possivelmente no ano 26) e Amenófis ascendeu à categoria de "Filho Maior
do Rei", ou seja, herdeiro do trono.
18)
As análises de DNA das múmias egípcias por Zahi Hawass confirmam
Aquenáton como filho de Amenófis III e pai de Tutancâmon, resgatando seu
importante papel na história do Antigo Egito.
19)
No livro Akhenaton
- a revolução espiritual do Antigo Egito, de Roger Paranhos, o autor afirma que a mãe de Aquenáton seria mesmo a
rainha Tié (ou Tii), e não a
segunda esposa do faraó Amenófis III (ou Amenófis III), conhecida por Telika,
que seria de origem asiática, como defendem alguns livros, no entanto, além das
confirmações de Roger, as análises de DNA não parecem corroborar essa hipótese.
20)
Amenófis tinha sido criado para ser sacerdote do
templo de Heliópolis, cidade do Baixo Egito que
era o centro do culto do deus solar Rá. Quando o seu irmão
faleceu é possível que também tenha herdado o cargo de sumo-sacerdote de Ptah, deus associado aos
artistas.
21)
Aquenáton tornou-se rei aos quinze anos por volta de
1364 a.C.
22)
Os investigadores dividem-se em
torno de uma possível co-regência de Amenófis III e do seu filho, não existindo
certeza a este respeito.
23)
Associar um filho ao trono
ainda em vida de faraó foi um recurso utilizado por vários reis egípcios de
modo a garantir uma sucessão sem problemas.
24)
Quando os reis egípcios subiam ao trono adoptavam
cinco nomes, que de certa forma indicavam o programa simbólico do novo monarca.
Estes cinco nomes são conhecidos como a titulatura e no caso de Amenófis IV
foram os seguintes: Nome de Hórus: Touro
poderoso com as duas altas plumas; Nome das Duas Damas: Grande é a sua realeza em Karnak; Nome
do Hórus de Ouro: O que leva as
coroas de Hermontis; Rei do Alto e Baixo Egipto: Maravilhosas são as manifestações de Rá; Filho
de Rá: Amenófis, divino regente
de Tebas.
26)
Durante muito tempo defendeu-se
que Nefertiti teria uma origem estrangeira, devido ao fato do seu nome
significar "a bela chegou", mas atualmente a maioria dos
investigadores considera que ela seria egípcia, talvez natural da cidade de Akhmim.
27)
A união entre ambos parece ter sido
imposta pela mãe, que seria tia de Nefertiti; no entanto, entre os dois
desenvolveu-se um grande afecto e Nefertiti alcançou um protagonismo político
sem antecedentes entre as esposas reais.
28)
Em Tebas, bem como em Mênfis e em
Hermópolis, Amenófis iniciou um programa de obras públicas. Em volta do templo
de Amon em Karnak (Tebas) mandou construir quatro templos dedicados a Aton, o
que para alguns autores seria uma tentativa de realizar uma fusão entre os dois
deuses.
29)
Um dos mais interessantes destes
templo é o conhecido como o "Hutbenben", o que significa casa de
Benben.
30)
Benben era o monte inicial a partir
do qual surgiu o deus Aton (uma manifestação do deus solar), que iniciou a
criação do mundo.
31)
Neste templo vê-se como oficiante a
rainha Nefertiti, acompanhada de uma filha, Meketaton, o que mostra o papel
central desempenhado pela rainha nas concepções religiosas de Aquenáton.
32)
Para se conseguir criar estes templos
em pouco espaço de tempo os engenheiros de Amenófis recorreram a uma nova
técnica. Dado que estes templos foram concebidos sem a necessidade de telhado,
as paredes não tinham que ser tão robustas. Os construtores cortaram blocos de
pedra com cerca de 50 cm de comprimento e 25 cm de largura e altura,
que são conhecidos hoje como "talatat" ("árvore" em árabe). Recorrendo a estes
blocos os pedreiros construíram os templos.
33)
No ano 3 do seu reinado Amenófis
celebrou o festival "sed".
34)
Estes festivais eram celebrados
quando o faraó fazia trinta anos de reinado. Não se sabe a razão que levaria
Amenófis a celebrar este festival tão cedo.
35)
O que sabe é que no festival
apenas mencionou o nome do deus Aton. As cerimónias do "sed" tiveram
lugar numas das estruturas referidas anteriormente, conhecida como o
Guemetpaaton.
36)
No ano 5 do seu reinado o jovem rei
decide mudar de nome. De Amen-hotep,
nome que significa "Amon está
satisfeito" muda para Aquenáton o
que significa "o espírito actuante de Aton", o que representou o seu repúdio ao deus Amon.
37)
O rei declarou-se também filho e
profeta de Aton, uma divindade representada como um disco solar.
38)
Aquenáton instituiu o deus Aton
como a única divindade que deveria ser cultuada, sendo o próprio faraó o único
representante dessa divindade.
39)
No
entanto, o deus Aton não era um deus novo no panteão egípcio.
40)
Aton
era considerado pelos egípcios como uma manifestação visível do deus Rá-Harakhti e já era mencionado nos Textos das Pirâmides, que são os textos de carácter religioso mais antigos
encontrados no Egito.
41)
O
que há de novo na religião introduzida por Aquenáton é o lugar central de Aton,
remetendo outros deuses ao desaparecimento ou a uma posição secundária.
43)
Não
se sabe ao certo quais teriam sido as motivações de Aquenáton para tomar esta
atitude.
44)
Aponta-se
o poderio do clero de Amon, que possuía terras na Ásia e na Núbia,
assim como pedreiras, minas e rebanhos. Todos estes bens seriam transferidos
por Aquenáton para o templo de Aton que mandou construir numa nova cidade,
Aquetaton.
45)
No
ano 6, Aquenáton decide abandonar Tebas para fundar uma nova cidade dedicada a
Aton.
46)
Ao
contrário de outros deuses, Aton não tinha ainda um local de culto próprio e
Aquenáton decide-se por criar um.
47)
O
local escolhido situa-se entre Mênfis e Tebas, na margem direita do Nilo e
recebeu o nome de Aquetaton ("o
horizonte de Aton"); atualmente as ruínas deste local são conhecidas
como Amarna, o nome da aldeia
egípcia próxima.
48)
Os
terrenos em redor da cidade eram favoráveis à prática agrícola e a criação,
assegurando o abastecimento dos seus futuros habitantes.
49)
A
cidade foi construída em quatro anos.
50)
Parte
da população que se fixou na nova capital seria oriunda de Tebas, sendo
composta pelos agricultores, militares, escribas e artífices que acompanharam o
rei no seu projecto. Julga-se que Aquetaton teve uma população de cerca de
vinte mil habitantes. O urbanismo da cidade caracterizava-se pela simplicidade,
com grandes avenidas.
51)
No
centro da cidade encontrava-se o grande templo de Aton, que tinha cerca de
oitocentos metros de comprimento e trezentos metros de largura.
52)
A
sua arquitetura era completamente diferente de outros templos da XVIII
Dinastia: não tinham salas escuras, onde se realizava o culto, mas vários
pátios ao ar livre que levavam ao altar do deus. Sendo dedicado a uma divindade
solar, não fazia sentido a escuridão das salas; uma estrutura ao ar livre
permitia a presença dos raios de Aton.
53)
O
palácio real tinha cerca de oitocentos metros, erguendo-se ao longo do eixo
principal da cidade,e anexo a ele o faraó possuía um templo particular para
suas meditações e orações,que era chamado “o castelo de Aton”.
54)
Ali
eram realizados os rituais privados do rei para fazer levantar o Sol da justiça
de todas as manhãs. Era uma cerimônia em que o faraó procurava manter a mente
limpa e em paz no novo dia que nascia. Só através da influência benéfica dos
planos superiores ele poderia julgar e decidir o rumo do Egito com sabedoria e
justiça.
55)
À
norte deste palácio encontrou-se aquilo que seria uma espécie de jardim
zoológico. Os altos funcionários possuíam grandes quintas, com os seus jardins.
56)
Uma
avenida cortava a cidade de norte a sul. Essa grande avenida tinha mais de
trinta e oito metros de largura; talvez tenha sido a maior rua do mundo antigo.
O objetivo daquela extensa largura era promover desfiles de carruagens da
família real e ser um grande largo para as festividades populares ao deus Aton.
A cidade completa, incluindo suas demais ruas internas, dispersava-se para
todos os lados em vinte e sete quilômetros, abrangendo os subúrbios de ambas as
extremidades.
57)
Ali foram construídos templos e
moradias para a classe média, composta de arquitetos artesãos e escribas. Além
do bairro norte, construiu-se uma aldeia para obrigar os trabalhadores mais
modestos, que trabalhavam as pedras e fabricavam os tijolos de barro para as
construções.
58)
Aquenáton
teve seis filhas com Nefertiti.
59)
Com
uma rainha secundária, chamada Kia, Aquenáton teve um menino chamado Tutancâmon (a
imagem viva de Aton) que se tornou príncipe herdeiro do trono do Egito.
60)
Com
uma rainha secundária, chamada Kia, Aquenáton teve um menino chamado Tutancâmon (a
imagem viva de Aton) que se tornou príncipe herdeiro do trono do Egito.
61)
Aquenáton
deixou-se absorver pelo sua devoção a Aton, ou talvez pela sua personalidade
artista e pacifista, descuidando os aspectos práticos da administração do
Egito.
62)
Perante
este desinteresse, Aye e o general Horemheb, duas personalidades
que mais tarde se tornariam faraós, desempenharam um importante papel no
governo.
63)
Entre
o ano 8 e o ano 12 sabe-se que Aquenáton desencadeou uma perseguição aos
antigos deuses, e em particular, aos deuses que estavam associados à cidade de
Tebas, Amon, Mut e Khonsu.
64)
O
faraó ordenou que os nomes destes deuses fossem retirados de todas as inscrições
em que se encontravam em todo o Egipto. Esta situação atingiu directamente não
só os sacerdotes, mas a própria população.
65)
As
descobertas da arqueologia mostram que os
donos de pequenos objectos retiraram os hieróglifos do deus Amon
deles, numa atitude de autocensura, temendo represálias.
66)
Entretanto, em registros
arqueológicos de funcionários do faraó, por exemplo, pode-se encontrar, por
vezes, utensílios relacionados a antigas divindades politeístas e até mesmo
nomes de pessoas que faziam menção ao antigos deuses. Isso pode ser um indício
de que, mesmo sob a reforma monoteísta Aquenáton, havia certa tolerância
religiosa.
67)
No
ano 12 ocorreu um grande festival em Aquetaton, cujo motivo exacto não se
conhece. Seria talvez uma espécie de refundação da cidade de Aton.
69)
No
livro Akhenaton - a revolução
espiritual do Antigo Egito, este evento teve por razão a co-regência com
sua esposa Nefertiti, que passou a adotar
o título de Semencaré.
70)
O
império que o Egipto tinha construído ao longo das últimas décadas desintegrava-se
aos poucos, possivelmente porque Aquenáton seria um pacifista, não desejando,
portanto, manter reinos vassalos nem uma política militar imperialista.
71)
No
Médio Oriente o Egipto tinha os seus aliados e parece que o faraó não atendeu
aos seus pedidos de ajuda, face à ameaça hitita.
72)
Este
povo acabará por conquistar o Médio Oriente, tomando os portos da Fenícia; os
Mitânios, aliados do Egipto, são varridos do mapa. Povos beduínos invadem a
Palestina e conquistam Jerusalém e Megido.
73)
Ao
sul, o Egipto perde o controle sobre as minas de ouro da Núbia fundamentais para o
comércio egípcio.
74)
O
reinado de Aquenáton assistiu à emergência da chamada "arte
amarniana", que se caracteriza por um lado pelo naturalismo (abundância de
plantas, flores e pássaros) e pela convivência familiar do faraó
e por outro lado, por uma representação mais realista das personagens que por
vezes atinge o ponto da caricatura.
75)
A
arte oficial apresenta o rei com uma fisionomia andrógina, com um crânio alongado,
lábios grossos, ancas largas e ventre proeminente.
76)
Acreditava-se
que Aquenáton era portador de algum tipo de deficiência ou portador de alguma
doença genética rara que transmitiu aos seus descendentes, como a Síndrome de Marfan ou a síndrome de Fröhlich.
77)
Se
este fosse o caso, Nefertiti e os altos dignitários também sofreriam de alguma
destas doenças visto que surgem representados da mesma forma, o que em parte
parece descartar esta hipótese.
78)
Contudo,
essa hipótese foi posta ao chão com estudos detalhados desenvolvidos por
análise de DNA pelo egiptólogo Zahi Hawass, que excluiu a
possibilidade dos rostos alongados e aparência feminilizada serem devidos a uma
enfermidade congênita na arte do período de Amarna e entende que a sua
aparência andrógina é uma característica estilística.
79)
Para alguns autores, esta
iconografia seria uma manifestação artística que visava romper com os cânones
do passado (tal como Aquenáton fizera no domínio religioso) e afirmar a
singularidade da família real.
80)
Atribui-se a Aquenáton igualmente talentos na poesia.
O faraó teria sido autor do famoso "Hino a Aton" que apresenta
semelhanças com o Salmo 104 da Bíblia.
81)
Aquenáton
reinou por cerca de 17 anos.
83)
Alguns
egiptólogos acreditam que Semencaré era a rainha Nefertiti que
assumiu atributos de faraó para tornar suave a transição de governo para o
herdeiro do trono que, nessa época, deveria ter por volta de quatro anos de
idade.
84)
Outros
acreditam que ele era, na verdade, o filho mais velho de Aquenáton e irmão
de Tutancâmon, que lhe sucedeu.
86)
Na
opinião de Cyril Aldred, Nefertiti morreu no ano 13
ou 14 do reinado de Aquenáton. Kia também teria desaparecido mais ou menos na
mesma altura que Nefertiti e Meritaton, filha de Aquenáton
e Nefertiti,
tornou-se a primeira dama do reino.
87)
Não
se sabe ao certo sobre a morte de Aquenáton, a não ser que faleceu no 17.º ano
de seu reinado.
89)
Suspeita-se que tenha sido assassinado a mando dos
sacerdotes, prejudicados por sua administração austera. Uma múmia masculina
encontrada na Tumba KV55 é
considerada como sendo a de Aquenáton.
90)
Semencaré foi o mais breve e enigmático faraó da XVIII dinastia egípcia, governando de c.1338 a.C. a c.1336 a.C.
91)
O nome de Semencaré aparece no final
do reinado de Aquenáton,
convertido em corregente do trono e, nessa condição, seu sucessor.
92)
Semencaré reinou
por cerca de dois anos até que, aos oito anos de idade, o jovem Tutancaton foi elevado ao
trono do Egito.
93)
De qualquer forma, o fato de ter governado por apenas
2 ou 3 anos, sugere que Semencaré morreu prematuramente (devia ter menos de 30
anos), em circunstâncias desconhecidas e tão misteriosas quanto as da morte de
seu sucessor, o faraó-menino Tutancâmon.
94)
Seu breve reinado (ele morreu quando
tinha aproximadamente 18 anos de idade) foi marcado pela reaproximação da
família real com o clero tebano do deus Amon.
95)
Tanto que o faraó recém entronizado
trocou o seu nome para Tutancâmon (a
imagem viva de Amon), selando
uma certa paz com os sacerdotes de Tebas e com as antigas
tradições egípcias. As radiografias feitas na múmia de Tutancâmon mostram um
golpe no crânio, o que levanta a hipótese de ter sido assassinado.
96)
Tutancâmon foi sucedido por Aye, que reinou três anos, e este por sua vez foi
sucedido por Horemheb.
97)
Horemheb - "Horus está jubiloso"
- (1319 a.C. – 1292 a.C.), foi o último faraó da XVIII Dinastia do Egipto. Pertence ao grupo real
de Amarna.
98)
Nefertiti assumiu o governo
da Terra de Kemi (como era conhecido o Egito) como co-regente de Aquenáton, com o nome de AnkhKheperure Meri WáenRá Nefer-NeferuAten
Smenkhkare.
99)
Meritaton foi a filha primogénita
do faraó Aquenáton e da
rainha Nefertiti.
O seu nome significa “a amada de Aton”.
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